- Índice mostra avanço em abril em comparação ao ano anterior, marca desaceleração ante março de 2022, mas segue acima de níveis do primeiro bimestre do ano
- Dentre os setores monitorados, Infraestrutura (+29,6%) e Comércio (+21,5%) mantiveram o melhor desempenho em abril de 2022
- Ocorrência das eleições neste ano tende a favorecer o avanço de obras pontuais de infraestrutura urbana
- Dados mostram desaquecimento do setor de Serviços no período recente
São Paulo, junho de 2022 – Em abril de 2022, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica que a média da movimentação financeira real das pequenas e médias empresas brasileiras (PMEs) apresentou crescimento de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com março de 2022, o índice mostra retração de 10,3%, reflexo, em parte, da sazonalidade de abril, que contou com uma menor quantidade de dias úteis, diante dos feriados nacionais no mês. De toda forma, apesar da queda na margem, o IODE-PMEs de abril de 2022 se mostra superior (+2,8%) ao nível médio verificado no primeiro bimestre do ano.
Figura 1: IODE-PMEs
(Número índice – base: média 2019=100)
Fonte: IODE-PMEs (Omie)
Em linhas gerais, a tendência financeira das PMEs segue positiva nos primeiros quatro meses de 2022. Em abril, a evolução da média móvel de 12 meses do índice – que permite suavizar movimentos meramente sazonais da série histórica - mostrou crescimento de 0,8% na margem.
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 622 atividades econômicas que compõem cinco grandes setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
Segundo as aberturas setoriais do IODE-PMEs, o crescimento do índice em abril frente ao mesmo período do ano anterior foi puxado pelo avanço da movimentação financeira real nos setores de Infraestrutura (+29,6%), Comércio (+21,5%) e Indústria (+9,7%). Já o setor de Serviços seguiu em crescimento em termos anuais (+4,1% YoY em abril/22), porém com relevante perda de fôlego ante o desempenho observado no primeiro trimestre do ano (+10,4% YoY). A exceção continua sendo o setor Agropecuário, em que a movimentação financeira real recuou significativamente no período (-27,7%).
Para Felipe Beraldi, especialista de indicadores e estudos econômicos da Omie, no setor de Infraestrutura – destaque do mercado de PMEs neste ano -, o avanço observado tem se concentrado no segmento de ‘Obras de Infraestrutura’, em atividades como ‘Construção de rodovias e ferrovias’ e ‘Obras de urbanização - ruas, praças e calçadas’. “Tal desempenho nestas atividades pode estar relacionado com o pleito eleitoral de 2022. Por outro lado, outros segmentos da construção civil (tais como ‘Construção de Edifícios’ e ‘Serviços especializados para construção’) já parecem sentir os efeitos do ambiente econômico mais adverso à investimentos – configurado pela elevada taxa básica de juros da economia brasileira atualmente-, mostrando tendência de queda no período recente”, avalia o especialista.
No Comércio, por sua vez, o desempenho positivo no ano vem sendo observado pelo avanço disseminado da movimentação financeira nos segmentos atacadista e varejista, ainda que o setor de ‘Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas’ mostra fraca performance nos últimos meses.
Setor de Serviços perde fôlego, mas atividades que sofreram nos períodos críticos da pandemia seguem em avanço
O setor de Serviços apresentou desaquecimento em abril de 2022, segundo o IODE-PMEs. A evolução mensal da média móvel em 12 meses da movimentação financeira real do setor mostra relativa estabilidade em abril de 2022 (+0,3% ante março do ano anterior), após crescimento médio relativamente mais expressivo no decorrer do primeiro trimestre do ano (+0,7% ao mês em média, em relação ao nível de dezembro de 2021).
Dentre as atividades que compõe o setor, o enfraquecimento no período recente é condicionado, especialmente, por ‘Edição e edição integrada à impressão’, ‘Pesquisa e desenvolvimento científico’ e ‘Atividades imobiliárias’.
Por outro lado, há atividades no segmento que vem destoando da média geral, mostrando evolução na tendência média dos últimos meses. Este é o caso por exemplo de ‘Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas’, ‘Alimentação’ e ‘Alojamento’. “São setores que foram muito afetados nos últimos anos pela ocorrência da pandemia e que, atualmente, têm sido beneficiados pelo avanço da vacinação no país e pela consequente retomada da mobilidade das pessoas”, diz Felipe.
Figura 2: Evolução da tendência do Setor de Serviços
(Evolução mensal da média móvel em 12 meses – IODE-Serviços)
Fonte: IODE-PMEs (Omie)
Em projeção, espera-se que o setor de Serviços volte a ser o principal destaque no mercado de PMEs no curto prazo. “Ainda que os efeitos da alta de juros e da inflação pressionada sejam sentidos no setor, avaliamos que há espaço para a continuidade da retomada de algumas atividades, com a consolidação do maior controle da pandemia no país – viabilizada pelo sucesso da campanha de vacinação. Assim, o crescimento do setor deve ser influenciado pela manutenção do processo de retomada da demanda das famílias por serviços em detrimento de bens – revertendo a estrutura da cesta de consumo verificada após os choques mais intensos da pandemia”, conclui o especialista de indicadores e estudos econômicos da Omie.
Sobre o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs)
Compreendendo a relevância das PMEs no desempenho econômico do nosso país, a Omie desenvolveu o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), que acompanha as atividades econômicas das pequenas e médias empresas brasileiras. A pesquisa da scale-up Omie é um tipo de apuração inédita entre as empresas do segmento, atuando como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, além de oferecer uma análise segmentada setorialmente do mercado de PMEs no Brasil. Para elaborar os índices, a Omie analisa dados agregados e anonimizados de movimentações financeiras de contas a receber de mais de 90 mil clientes, cobrindo 622 CNAEs (de 1.332 subclasses existentes) – considerando filtros de representatividade estatística. Os dados são deflacionados com base nas aberturas do IGP-M (FGV), tendo como base o índice vigente no último mês de análise, com o objetivo de expurgar o efeito meramente inflacionário na série temporal, permitindo que se observe a evolução das movimentações financeiras em termos reais.
Sobre a Omie
Fundada em 2013 por Marcelo Lombardo e Rafael Olmos, com o propósito de levar prosperidade para qualquer negócio, oferecendo um sistema de gestão inovador, completo e ilimitado. A scale-up é ancorada em três pilares: Gestão por meio do software. Educação, com a Omie Academy, braço educacional da empresa que leva capacitação profissional continuada aos empreendedores de forma gratuita. E Finanças, com acesso a serviços financeiros com conta digital nativa do sistema e cobranças via boleto e PIX, com custos bem mais baixos, além de linhas de crédito e soluções para apoio à gestão de pequenas e médias empresas, como o Itaú Meu Negócio gestão by Omie, produto em parceria com o banco Itaú e que faz a integração dos sistemas de gestão e financeiro. Além disso, sua atuação regional com a Rede de Franquias a torna a única empresa do segmento a figurar entre as 100 empresas que mais crescem no país, segundo o ranking da Deloitte, estreando no terceiro lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário