O Brasil acumulou nos primeiros nove meses do ano um déficit nominal nas contas públicas de 304,7 bilhões de reais, 9,7% a mais que entre janeiro e setembro de 2021, segundo o Banco Central.
Apesar desse aumento, o déficit fiscal acumulado até setembro equivale a 4,26% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, um pouco abaixo dos 4,33% do PIB que equivalia nos primeiros nove meses do ano passado.
O resultado mostra estabilidade após o desequilíbrio causado pela pandemia de covid-19 nas contas públicas em 2020.
Nos primeiros nove meses de 2020, os gastos públicos superaram as receitas em 888,522 bilhões de reais, valor recorde para o período e quase três vezes superior ao deste ano, o que fez com que o déficit saltasse para o equivalente a 16,28% do PIB.
A diferença negativa entre receitas e despesas do governo central do Brasil, administrações regionais e municipais e empresas estatais, incluindo recursos destinados ao pagamento de juros da dívida, totalizou 410,6 bilhões de reais nos últimos 12 meses até setembro.
Esse déficit num ano equivale a 4,36% do PIB, percentagem superior ao registrado nos 12 meses até agosto (4,20%) e o maior dos últimos seis meses, em que o saldo negativo vem crescendo.
O déficit acumulado em 12 meses até setembro já supera o acumulado em todo o ano de 2021 (383,664 bilhões de reais), quando o saldo negativo foi equivalente a 4,33% do PIB.
A deterioração das contas públicas é atribuída ao forte aumento dos gastos públicos em plena campanha eleitoral, incluindo subsídios para os mais pobres e outros programas sociais.
O Banco Central também informou que a dívida pública bruta do Brasil em setembro foi de 7,26 trilhões de reais, equivalente a 77,1% do PIB e que representa uma ligeira redução face à de agosto (77,5%) e uma queda de 3,2% pontos em relação a dezembro do ano passado (80,3% do PIB).

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