César José de Oliveira, diretor-geral da EMATER do Rio Grande do Norte, realizou visita técnica à sede da Embrapa Algodão (Campina Grande – PB) nesta quinta-feira, 17, no intuito de firmar parceria técnica na condução do projeto “Algodão Agroecológico Potiguar”. Na ocasião, ele foi recebido por Alderi Emídio de Araújo, chefe-geral da unidade paraibana da estatal, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Acompanhado de membros de sua equipe, Oliveira pode conhecer a vitrine viva tecnológica da Embrapa, onde são mantidas plantas de diversas variedades de algodão desenvolvidas pela equipe de pesquisadores da estatal. O grupo visitante foi levado ainda ao laboratório de fibras, onde são feitos testes de qualidade e resistência. “Mostramos também nosso setor de máquinas e implementos agrícolas, onde foram demonstradas novidades da pesquisa com mecânica, como as plantadeiras móveis, a miniusina de descaroçamento e a máquina que desenvolvemos aqui para a flambagem das sementes de algodão”, informou Marenilson Batista, pesquisador e supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia (SIPTT) da Embrapa Algodão, que articulou a visita.
“As formações modulares para técnicos da EMATER-RN e para agricultores familiares do Seridó Potiguar, na condução dos cultivos do algodão e consórcios agroalimentares contribuirão, decisivamente, na expansão da área cultivada e no número de famílias rurais que poderão aderir a esse projeto, fortalecendo a agricultura familiar da Região, sobretudo proporcionando autonomia para as famílias, soberania alimentar, inclusão de jovens e mulheres e geração de renda. Para nós, que fazemos a Embrapa, é uma honra poder contribuir no desenvolvimento regional do estado vizinho”, afirmou Araújo.
Ele destacou também a importância do beneficiamento do algodão agroecológico, obtendo preço justo a ser pago às famílias pelas empresas que se comprometem a comprar a produção. Alderi recebeu a equipe parceira da EMATER-RN na companhia dos chefes-adjuntos Nair Helena Castro Arriel (Pesquisa e Desenvolvimento) e Daniel da Silva Ferreira (Transferência de Tecnologia).
“O projeto Algodão Agroecológico do Seridó foi lançado ano passado pela governadora Fátima Bezerra. Trata-se de um projeto exitoso com a participação de 350 agricultores em mais de 30 municípios do Rio Grande do Norte. Cada agricultor tem produzido, em média, 600 quilos de pluma”, detalha César José.
Ele acrescenta que o projeto recebe apoio também do Instituto Casaca de Couro, da Diaconia, e da Rede Xique-xique. “Ano que vem queremos que a Embrapa Algodão amplie sua participação conosco principalmente na difusão de seus protocolos e recomendações técnicas para cultivo agroecológico do algodoeiro. Serão seis etapas de capacitação planejadas para 2023 e a meta é podermos contemplar 800 famílias nos dez regionais da Emater”, afirmou.
O diretor disse ainda que a meta do projeto é alcançar 1.000 hectares para revigorar, definitivamente, a cotonicultura no RN em bases agroecológicas. “Esse projeto tem uma dimensão ambiental, social e econômica muito importante”, reconhece Oliveira, que esteve em Campina Grande acompanhado de Adriana Américo de Souza, da coordenação de Convivência com o Semiárido, Bethânia Freire, analista de Extensão Rural e Alessandro Nunes, da coordenação de Agroecologia e Convivência com o Semiárido da EMATER-RN.
DALMO OLIVEIRA (0859 MTE-PB)
Embrapa Algodão
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