Eleger o Lula para "reconciliar" o país é a mesma coisa que colocar o Maguila para cantar numa festa infantil, o demagogo, que teve a sorte de um dia ser operário, tem impregnada em sua cabeça a luta sindical, até quando propõe unir ele divide. Quando o Lula fala que vai governar para todos ele lembra que tem uns nazistas contra os quais luta, quando fala da importância do agronegócio diz que parte do agro é fascista, quando fala de bolsa de valores diz que tem os empresários sérios e os especuladores, caras do mal.
O Lula não ganhou a eleição, foi o Bolsonaro que perdeu, como disse o governador de Minas, Romeu Zena. Ora, se fosse pra eleger um presidente e ele ir passear de moto se elegia um mototaxista. Bolsonaro foi a pessoa perfeita para garantir o retorno do PT ao poder, e possibilitou esse retorno sem plano de governo, sem comprometimentos claros. Isso resgata um Lula 89 em contraposição ao Lula 2002.
O Lula vive o paradoxo de ser uma das personalidades políticas mais respeitadas e admiradas no mundo, referência global na luta contra a fome, mas, no seu país, enfrenta imensa dificuldade em razão da forte rejeição que enfrenta mesmo ao acabar de sair vitorioso das urnas e pelo radicalismo dos adversários que não aceitam sua vitória, fundamento essencial das repúblicas democráticas, ao serem derrotados os perdedores se preparam para as próximas eleições, entretanto, a nociva liderança de Jair Bolsonaro fez desacreditar o processo eleitoral e colocar, inclusive, o poder judiciário como aliado dos adversários da esquerda, como todo líder destruidor, Bolsonaro induz a ideia de luta definitiva contra um grande mal.
Muitos, e inclusive eu, se perguntam de onde haverá saído essa gente bolsonarista. Aqui vemos em prática o poder da liderança, um líder torto, como Bolsonaro, rude e violento, fez espraiar seu comportamento sobre os seus liderados e o Lula, divisionista nato, não é a pessoa para cumprir o papel de ,de fato, pacificar o país, pelo contrário, por adorar divisões, terá sempre a extrema direita raivosa como argumento nos seus inúteis discursos de improviso. Discurso bom do Lula só quando é lido e quando não foi ele que escreveu. Além disso, temos o PT, um partido hegemonista, incapaz de ceder seus pontos de vista em troca da formação de uma coalizão governativa. O PT se ali para defender seus interesse e somente eles.
Creio que a tal da frente democrática não chega nas Olimpíadas de Paris. Será que o vice vai abalar a República de novo...
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