Ocorreu hoje a primeira reunião ministerial do terceiro governo Lula, na abertura do encontro o demagogo fez um discurso ao estilar vamos unir o país dividindo, chamou para a confrontação quando falou do agronegócio e deu a senha de como será o seu governo, tendo o Bolsonaro por espelho, ficando muito claro que o Bolsonaro foi o homem que ressuscitou o Lula, fato consumado e, como o momento é propenso a teorias conspiratórias, parece que o Bolsonaro e o Lula orquestraram um plano para benefício de ambos, não é possível!
Depois de toda a euforia da posse, com showzinho para os apaniguados, a verdade é que o governo tem cara de velório, clima de fim de feira. Outra verdade inafastável é que o Lula pertence ao passado e que o Brasil é um país muito diverso do que era 20 anos atrás, quando o Lula chegou ao poder não existia nem o Orkut, imagine viver sem acessar a internet. O governo não percebe isso e cria uma ilusão de que tudo será como antes.
É a mesma coisa que a volta do Getúlio em 1951. O cara que teve o país nas mãos de forma absoluta por 15 anos, enfrentou a mais dura oposição da história brasileira até aquele momento, exatamente pela transformação da sociedade que o seu governo havia propiciado, a urbanização do país.
O Bolsonaro também tinha disso, escrevi aqui na Crítica como o partido que elegeu-o em 2018, o PSL, estava se transformando em Livres, um movimento liberal moderno e deu o cavalo de pau para servir de legenda de uma figura anacrônica representado o jacobinismo militar florianista.
Tudo isso é reflexo de 2013, ali nasceu um novo Brasil, entretanto a política não consegue acompanhar os novos anseios da população, as novas demandas são encampadas por lideranças que representam o passado.
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