O cultivo do algodão está sendo resgatado no RN - Blog A CRÍTICA

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

O cultivo do algodão está sendo resgatado no RN



O cultivo do algodão está, de fato, sendo resgatado no Rio Grande do Norte. Após um período de declínio nas últimas décadas, o estado está novamente investindo no cultivo da fibra, que já foi uma importante atividade econômica na região.


Um dos fatores que contribuiu para o resgate do cultivo do algodão no RN foi a busca por culturas mais rentáveis e sustentáveis. O algodão é uma cultura que se adapta bem ao clima da região e apresenta boa rentabilidade, além de ter um ciclo de cultivo mais curto do que outras culturas como a cana-de-açúcar, por exemplo.


Além disso, o algodão é uma cultura que pode contribuir para a revitalização de áreas degradadas e a conservação do solo, uma vez que é capaz de fixar nutrientes e melhorar a estrutura do solo.


Dessa forma, o cultivo do algodão tem ganhado espaço no estado, com investimentos em pesquisa, tecnologia e capacitação dos agricultores. A expectativa é de que a produção do RN possa voltar a ser uma importante fonte de abastecimento para a indústria têxtil do país.


Poderia também gerar uma industrialização do interior do estado, notadamente, no Seridó


Sim, o resgate do cultivo do algodão no Rio Grande do Norte pode, de fato, contribuir para a industrialização do interior do estado, especialmente na região do Seridó. Isso porque, além de gerar renda para os agricultores locais, a produção de algodão pode ser utilizada como matéria-prima para a indústria têxtil, o que pode estimular o surgimento de novas empresas e empregos na região.


Com a produção de algodão local, é possível reduzir os custos de transporte e importação de matéria-prima, o que torna a produção têxtil mais competitiva e atrativa para investidores. Além disso, a indústria têxtil pode gerar empregos em diversas áreas, como produção, logística, marketing, entre outras.


Além disso, a industrialização do interior pode contribuir para reduzir a desigualdade regional, uma vez que muitas vezes os empregos e oportunidades econômicas se concentram nas grandes cidades. Com a criação de novas empresas e empregos no interior, é possível gerar desenvolvimento econômico em áreas menos favorecidas e reduzir a migração de pessoas para as grandes cidades em busca de trabalho.


Portanto, o resgate do cultivo do algodão no Rio Grande do Norte pode ter um impacto significativo na industrialização do interior do estado, especialmente no Seridó, contribuindo para o desenvolvimento econômico regional e para a redução da desigualdade social.


Variedades desenvolvidas pela Embrapa algodão de Campina Grande

Sede da Embrapa Algodão em Campina Grande/PB


A Embrapa Algodão, localizada em Campina Grande, Paraíba, é uma unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que tem como objetivo desenvolver tecnologias para a produção de algodão no Brasil. Entre as suas atividades, destaca-se o desenvolvimento de variedades de algodão adaptadas às condições de cultivo no Nordeste brasileiro.


Algumas das variedades desenvolvidas pela Embrapa Algodão em Campina Grande incluem:


  • BRS 286: essa variedade é resistente à mancha de ramulária e possui alta produtividade e qualidade de fibra. É recomendada para plantio em áreas irrigadas.
  • BRS 335: essa variedade é resistente ao bicudo-do-algodoeiro e à ramulária, além de possuir alta produtividade e qualidade de fibra. É recomendada para plantio em áreas irrigadas e de sequeiro.
  • BRS 336: essa variedade é resistente ao bicudo-do-algodoeiro e à ramulária, e apresenta alta produtividade e qualidade de fibra. É recomendada para plantio em áreas de sequeiro.
  • BRS 371: essa variedade é resistente à ramulária e possui alta produtividade e qualidade de fibra. É recomendada para plantio em áreas irrigadas.
  • BRS 372: essa variedade é resistente à ramulária e apresenta alta produtividade e qualidade de fibra. É recomendada para plantio em áreas de sequeiro.


Essas variedades desenvolvidas pela Embrapa Algodão apresentam características importantes para o cultivo de algodão no Nordeste brasileiro, como resistência a doenças e pragas, adaptação a condições de sequeiro e irrigadas, além de alta produtividade e qualidade de fibra.


E tem também as variedades coloridas

Variedade BRS rubi


Sim, além das variedades convencionais de algodão, a Embrapa Algodão também desenvolveu variedades de algodão colorido, que apresentam cores naturais em tons que variam do marrom ao verde, passando pelo amarelo e vermelho. Essas variedades foram desenvolvidas a partir de espécies nativas do Brasil e apresentam uma série de benefícios em relação ao algodão convencional.

Entre as vantagens do algodão colorido, destacam-se:

  1. Menor impacto ambiental: como as fibras já possuem coloração natural, não é necessário utilizar produtos químicos para tingi-las. Isso reduz o consumo de água e energia e minimiza a emissão de poluentes no meio ambiente.

  2. Qualidade superior: o algodão colorido apresenta maior resistência, maciez e brilho em relação ao algodão convencional. Além disso, como não é submetido a processos de tingimento, suas fibras apresentam maior durabilidade e menor probabilidade de desbotar.

  3. Valor agregado: o algodão colorido é uma matéria-prima diferenciada, que pode ser utilizada na produção de tecidos de alta qualidade e com valor agregado superior.

Entre as variedades de algodão colorido desenvolvidas pela Embrapa Algodão, destacam-se a BRS Rubi, que apresenta fibras de coloração marrom avermelhada, e a BRS Safira, que apresenta fibras de coloração verde. Essas variedades podem ser cultivadas em áreas de sequeiro e irrigadas, e possuem alto potencial de produtividade e qualidade de fibra.


E ainda se pode fabricar a torta de algodão e o óleo

Sim, além da fibra de algodão, a planta também produz subprodutos importantes, como a torta de algodão e o óleo de algodão. A torta de algodão é um resíduo da extração do óleo e é amplamente utilizada como fertilizante orgânico devido ao seu alto teor de nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio. Ela pode ser utilizada diretamente no solo ou na compostagem, contribuindo para melhorar a fertilidade do solo e a produção agrícola. O óleo de algodão, por sua vez, é um subproduto da extração da fibra de algodão e tem diversos usos na indústria alimentícia e química. Ele é rico em ácidos graxos insaturados e é utilizado na produção de margarina, maionese, molhos, salgadinhos, entre outros produtos. Além disso, o óleo de algodão também é utilizado na produção de cosméticos e medicamentos. Assim, o cultivo do algodão pode gerar diversos produtos e subprodutos de valor agregado, o que contribui para uma maior rentabilidade e diversificação da produção agrícola.


Ode ao algodão



Oh, algodão, fibra preciosa,

Símbolo da terra e do trabalho,

Com tuas flores tão vistosas,

Nos encanta o teu aspecto alvo.


Nasceste na velha Índia,

E conquistaste o mundo inteiro,

Das roupas mais simples à alta moda,

Sempre és uma escolha certeira.


Tuas fibras tão macias,

Que nos dão conforto e elegância,

Com toque suave e agradável,

Envolvem-nos em tua segurança.


Das plantações dos nossos avós,

Aos campos modernos do hoje,

Tuas sementes e colheitas,

São a essência do nosso progresso.


Que nunca falte tua presença,

Em nossas roupas e nos teares,

Tu és a base da nossa cultura,

E de nossas vidas um dos pilares.


Oh, algodão, fibra preciosa,

Que tantos benefícios trazes,

A tua grandeza nos inspira,

E nossos corações enche de paz.


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