Ao todo foram 122,4 milhões de transações realizadas e o valor movimentado chegou à casa de R$62,8 bilhões
O Pix se tornou o meio de pagamento preferido entre os brasileiros, por sua rapidez e praticidade. Ele foi lançado em 2020 a partir da inovação tecnológica proveniente do sistema, que permite a realização de pagamentos instantâneos.
Em 2022, o Brasil atingiu o segundo lugar no ranking global em números de transações realizadas através do Pix, dos 195 bilhões de operações de pagamentos em tempo real registrados em todo o mundo, cerca de 29,2 bilhões foram realizadas no Brasil, o que representa 15% do total e levou o país ao segundo lugar no ranking global, atrás apenas da Índia, com 46%.
O economista Cesar Bergo explica que esse fenômeno faz parte da comodidade que o Pix trouxe para a população.
“Desde a introdução do sistema de pagamento brasileiros com ted, doc e transferência, com vistas a reduzir o risco sistêmico, nada se compara ao advento do pix que pouco mais de 2 anos já movimenta toda economia e revolucionou o sistema de meio de pagamento s. A grande vantagem é você poder fazer pagamentos 24 horas por dia, 7 dias da semana, que é uma grande comodidade, também o pagamento instantâneo a pessoa recebe na hora aquele valor, isso acaba também de alguma forma ajudando o comércio”, afirmou o economista.
A radiologista e moradora de Santa Maria, no DF, Juliana Silva (28) conta que o Pix tomou conta da vida dos brasileiros pela praticidade que ele permite na hora de fazer pagamentos.
“Eu acho que o pix tomou uma proporção tão grande na sociedade pela facilidade que ele traz pro consumidor. Antes, quando queríamos fazer um ted ou doc, além de morar, precisava pagar pelo serviço”, destacou a radiologista.
Exemplo para a América Latina
Desde a implementação do Pix na sociedade brasileira e de um sistema similar nos Estados Unidos junto ao Federal Reserve chamado Fednow, a C&M Software, empresa regulamentada pelo Banco Central a transacionar o Pix no país, tem iniciado o projeto de também levar um sistema semelhante para a América Latina.
“Desde 2022, avançamos nas conversas com parceiros do Chile, Argentina, e Colômbia, juntamente aos membros do BIS (Bank for International Settlements) dos respectivos países. A nossa expertise em meio de pagamentos, nacionalmente e internacionalmente, nos abriu portas para discussões nos Bancos Centrais da América Latina, onde caminhamos para definições e implementações futuras”, afirma Daniela Machado, diretora global de marketing e produtos da C&M Software.
A mudança de comportamento vista no consumidor brasileiro pode ser replicada em diversos países, seja pela conveniência que os sistemas de pagamentos instantâneos oferecem, ou pelo crescente uso dos smartphones ao redor do mundo.
“A partir de 1 de julho, começaremos a transacionar o Fednow nos Estados Unidos e, além de ser um momento disruptivo para a economia americana, proporcionando maior autonomia e rentabilidade frente a qualquer outro meio de pagamento, é um ponto importante para nós da C&M Software, pois fomenta conversas com outros países que buscam inovar seu portfólio de produtos”, explica Daniela.
Com problemas estruturais parecidos com os países da América Latina, o Brasil pode se tornar uma referência aos mercados latinos, tendo em vista a similaridade econômica e inúmeras possibilidades na geração de produtos financeiros, como é visto na integração do varejo e dos aplicativos de consumo junto ao Pix.
“Quando mostramos as vantagens que o pagamento instantâneo oferece, juntamente com toda segurança endossada pelo formato do Banco Central, bem como a capilaridade e instantaneidade das transações, é mais fácil elucidar e tornar concretas as negociações. Além disso, como a média de chaves Pix por brasileiro é de quase seis por pessoa, com um ticket médio de 400 reais – quatro vezes maior do que o cartão de crédito, os países rapidamente compreendem os motivos da alta adesão”, ressalta a especialista.
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