95% das crianças de dois a quatro anos consomem alimentos ultraprocessados como biscoito recheado
A obesidade em crianças e adolescentes é ocasionada por diferentes fatores, muitos deles que envolvem condições genéticas e comportamentais, segundo o Ministério da Saúde. O relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, aponta que, até setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade.
Números que, para a nutricionista Juliana Carricondo, aumentam os riscos para a criança desenvolver doenças graves.
“É um problema muito complexo, porque a obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, diversos fatores estão ligados para aquele indivíduo ser diagnosticado ou não com obesidade. E a obesidade infantil, o grande problema dela é que pode ser a porta de entrada para diversas outras doenças, como hipertensão, colesterol alto, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias”, afirmou.
O documento revela que o consumo de bebidas açucaradas por crianças com idades entre seis e 23 meses chega a 19%, enquanto de alimentos ultraprocessados é de 33%. Na faixa etária de dois a quatro anos, esses números aumentam para 69% e 95%, respectivamente. Número maior até que ultrapassa a média nacional de 91% na ingestão de alimentos como refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário