Amanhã, 16 de setembro, diversos integrantes da campanha Pare o Tsunami de Plástico realizam ações de despoluição, do Ceará ao Rio Grande do Sul
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Somente o Brasil polui o oceano, com pelo menos 325 milhões de quilos de lixo plástico todo ano.
Um em cada dez animais marinhos morrem por ingestão de plásticos no Brasil.
Já em áreas isoladas, como praias em unidades de conservação de proteção integral ou ilhas, “os resíduos mostram maior desgaste nas embalagens, indicando que estão no ambiente há mais tempo e que, possivelmente, foram transportados por longas distâncias, através de algum sistema de drenagem, córregos ou rios, até chegarem no mar. Esses resíduos têm origem terrestre”, complementa ele.
A partir da triagem dos resíduos coletados, uma equipe de estudantes universitários produz uma “auditoria das marcas”, que explicita que as grandes corporações seguem no topo do ranking dos maiores poluidores por anos seguidos. “Normalmente, sempre está em primeiro lugar a Coca-Cola, a Nestlé, a Braskem...”, revela Amorim.
A poluição por plásticos é tão preocupante hoje que a Organização das Nações Unidas (ONU) já a considera a 2ª maior ameaça ambiental ao planeta, atrás apenas da emergência climática. Na avaliação de Natalie Gil, diretora executiva da Sea Sheperd, por ser um país continental, o Brasil tem muitos desafios ainda em relação a saneamento básico e gestão de resíduos, com um índice de reciclagem muito precário. “Temos que realmente fechar a torneira da produção do plástico. Tornar urgente isso, com metas claras, para fazer esta grande transição do plástico de uso único para outras alternativas. Precisamos da implementação de leis rápidas para causar grandes mudanças”, pontua. A Sea Sheperd promove ações de limpeza de praia desde 1999 no Brasil. Nos próximos finais de semana, serão 12 ações em sete estados, incluindo a limpeza de rios, no Amazonas e no Paraná, e da Represa de Guarapiranga, em São Paulo.
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