Quando o atual presidente ganhou a eleição em 2022, muitos acreditaram que as relações exteriores melhorariam, mas os eventos desta semana mostraram que essa ideia estava errada. No último domingo, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma entrevista coletiva na Etiópia, comentou a situação da guerra entre Israel e Hamas, comparando a mesma com o Holocausto nazista.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente. Sua fala fez com que Israel declarasse que o presidente é uma “persona non grata”.
"A ignorância sobre a complexidade histórica da região da Faixa de Gaza e o sofrimento dos povos palestino e judeu é perigosa, pois permite que se faça uma comparação simplista e equivocada. Comparar os acontecimentos atuais com os horrores do Holocausto revela não apenas uma falta de compreensão, mas também alimenta o perigoso flerte com o antissemitismo. A postura do presidente Lula ofende a comunidade judaica e a memória das vítimas do Holocausto e não ajuda em nada o povo palestino, contribuindo apenas para acirrar o conflito e importa-lo para o Brasil”, comenta o cientista político e diretor executivo do Livres, Magno Karl.
A imagem exterior do país já ia de mal a pior no governo do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, que chegou até a hostilizar a primeira-dama do presidente da França, Brigitte Macron, com comentários depreciativos sobre sua aparência. Ainda no mesmo mandato, o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, declarou que preferiria ver a política externa do Brasil sendo condenada por outras nações a se aliar ao cinismo interesseiro dos globalistas e dos corruptos. “A atuação da diplomacia do país faz de nós um pária internacional, então que sejamos esse pária", comentou.
“Mudam os presidentes e as circunstâncias, mas a diplomacia presidencial segue contrariando a tradição do Itamaraty e envergonhando os brasileiros. A questão é, até quando vamos aceitar essa situação? “, comenta.
*Magno Karl* é cientista político e diretor executivo do Livres, Magno é bacharel em Ciências Sociais pela UFRJ, mestre e doutorando pela Universidade de Erfurt (Alemanha), e PhD fellow da Fundação Naumann (Alemanha), onde foi bolsista, e seus artigos já apareceram em publicações nacionais e estrangeiras, como o The Wall Street Journal, The Daily Telegraph. Forbes, Newsweek, Estadão e O Globo. Também foi pesquisador do Instituto Cato (EUA), cofundador do antigo Instituto Ordem Livre e coordenador político de bancada na Câmara dos Deputados.


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