“Este aumento expressivo da oferta de energia limpa é fundamental para atender à crescente demanda global", diz Davi Bomtempo, da CNI
O recorde na produção de energia renovável alcançado pelo Brasil, em 2023, coloca a indústria brasileira como protagonista no processo global de descarbonização da economia. No ano passado, 93,1% da eletricidade produzida no país veio de fontes renováveis, segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O destaque ficou por conta das fontes solar e eólica, que tiveram um salto nos últimos anos, com crescimento de 24% na comparação com o ano anterior, totalizando mais de 13 mil megawatts médios. Para termos de comparação, as hidrelétricas que costumavam dominar a matriz elétrica brasileira foram responsáveis por cerca de 50 mil megawatts, crescimento de 1,2% em relação ao ano anterior.
“Este aumento expressivo da oferta de energia limpa é fundamental para atender à crescente demanda global. A indústria brasileira está comprometida com a descarbonização e tem adotado práticas sustentáveis para a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs). O setor almeja se consolidar como liderança na agenda nacional e global de sustentabilidade. Em 2022, 62% do consumo final de energia veio de fontes renováveis”, afirma o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo.
A aposta da indústria em fontes limpas de energia já se traduz em ações e projetos. Pesquisa CNI realizada com empresários de todo o país e divulgada no fim do ano passado mostra que 51% das empresas industriais usam fontes de energia renovável e que há interesse em expansão: 42% dos entrevistados responderam que, nos próximos dois anos, esse será o principal foco de investimento. Além disso, quando perguntados sobre ações prioritárias para que a indústria contribua com a descarbonização do país, 23% apontaram o uso de energia limpa.
A energia solar é a fonte renovável mais citada entre os empresários industriais. Entre os entrevistados, 75% disseram ter muito ou algum interesse em adotar esse tipo de fonte energética. Em segundo lugar, aparece o hidrogênio verde ou de baixo carbono, com 19% e, em terceiro, a eólica, com 13%.
Expectativa de ampliação na oferta
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