Um Corpo Estirado no Chão: A Falta de Ética Estraga o Brasileirão

Neymar é fotografado caído no gramado em jogo da seleção brasileira: Reprodução/Twitter

por Luiz Rodrigues (@luizrodriguesrn)

Finalmente começou o Campeonato Brasileiro de Futebol! A Série A teve início neste final de semana (13 e 14 de março) e as demais divisões (B, C e D) iniciarão nas próximas semanas, começou assim a temporada do Futebol brasileiro em 2024; os estaduais tenebrosos não passam de pré-temporada mal ajambrada com seus jogos desequilibrados e sem interesse dos atletas e dos clubes.

O Campeonato é bom, os clubes são gigantes tradicionais e nenhum país consegue ter tantos clubes tão importantes como o nosso campeonato, que muito melhorou desde a Copa de 2014 quando houve melhorias na organização do futebol, estruturação dos clubes, melhora de estádios e gramados, etc, mas um defeito continua: a vontade de parar o jogo.

Assisti neste final de semana ao jogo em que o Bayer Leverkusen conquistou o Campeonato Alemão, uma competição totalmente desequilibrada, dominada por uma única equipe, o Bayern de Munique, que teve agora sua hegemonia de 11 títulos seguidos interrompida, sendo assim uma liga antagônica à nossa, o Brasileirão é o campeonato nacional mais equilibrado e disputado do mundo.

Pois bem, na Bundesliga o jogo flui, a bola rola e não há tanto atendimento médico e paradas como no Campeonato Brasileiro. Nos jogos de futebol disputados no Brasil existe a "estratégia" de sempre parar o jogo.

Os jogadores caem e simulam contusões, necessitando da entrada de equipes médicas ao gramado, o goleiro retarda o reinício do jogo e o árbitro marca falta todo hora e os jogadores montam debates reclamando da marcação.

A cada minuto no jogo de futebol jogado no Brasil tem um corpo estirado no chão. Será que aqui há mais contato do que na Europa? Por que os jogadores brasileiros que vão jogar na Europa não fazem isso? O Neymar manchou sua imagem na Europa pela fama de cai-cai. Os técnicos brasileiros usam parar o jogo como estratégia? Lembro que o Jorge Jesus na sua passagem pelo Flamengo não poupava jogadores e foi o que melhor vimos no futebol brasileiro.

Não já é visto que a malandragem é um defeito civilizatório e que o Brasil fracassou e que para superar o fracasso precisa superar também  suas "tradições" do tipo carnaval. O telespectador um dia se cansa de tanta fantasia.