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terça-feira, 4 de junho de 2024

Ativos minerários que fortalecem o agronegócio são leiloados pelo Serviço Geológico do Brasil

Depósitos de gipsita e calcário, no estado do Pará, foram arrematados

Foto: Pablo Peixoto/SGB


Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou, nesta terça-feira (4/6), o leilão de ativos minerários que fortalecem a cadeia produtiva do agronegócio. O depósito de agrominerais (gipsita e calcário) teve seis concorrentes e foi arrematado pela empresa Gesso Integral Ltda. A área está localizada no estado do Pará.
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“Nosso propósito é estimular pesquisas minerais, alavancar investimentos e fomentar o desenvolvimento socioeconômico, tanto regional quanto nacional. Vamos impulsionar a geração de empregos, aumentar a renda dos brasileiros e ampliar a arrecadação de impostos, por meio de atividades minerais sustentáveis e responsáveis”, destacou o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.
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O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Vitor Saback, reforçou a importância do leilão para o fortalecimento dos setores do agronegócio e da indústria mineral, impulsionando a produção de alimentos e segurança alimentar. “Estamos aqui, hoje, saudando o desenvolvimento do setor mineral e do campo, onde a gente vai poder aumentar ainda mais a produção. Essa é uma vitória para o Brasil, para o desenvolvimento e para nossa sociedade”, ressaltou.
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O calcário e a gipsita podem ser aplicados para a correção do solo, sendo, portanto, importantes para otimizar a produção agrícola. De acordo com o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira, “o leilão contribuirá para a ampliação da produção desses minerais, atendendo parte da crescente demanda do mercado interno e também aumentando a competitividade do Brasil no cenário internacional”.
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Os ativos minerários foram disponibilizados no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República. Para Andrey Goldner, secretário adjunto de Projetos Especiais da Secretaria Especial para o PPI, da Casa Civil, essa é uma iniciativa importante e que gera resultados positivos para todo o país. “Esperamos que essa parceria se perpetue com novos projetos”, disse.

Também participaram da sessão do leilão Breno Zaban, diretor do Departamento de Gestão das Políticas de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME e presidente do Conselho de Administração do SGB; Carlos Nogueira, ex-secretário de Geologia e Mineração do MME; e o deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ).
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Projeto Agrominerais de Aveiro

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Esse projeto corresponde a áreas com ocorrências de gipsita (no Rio Cupari) e calcário (em Aveiro) – substâncias utilizadas como importantes insumos para o setor agrícola. Os recursos totalizam cerca de 326 milhões de toneladas de gipsita e 588 milhões de toneladas de calcário. Os direitos minerários foram arrematados pela Gesso Integral Ltda.

Segundo o diretor da empresa, Marcos Vasconcelos Ferreira, a aquisição da área é muito importante para expandir as atividades da companhia, que já está presente no Polo Gesseiro do Araripe, em Pernambuco, e no Polo Gesseiro do Maranhão. “O gesso tem várias aplicações no Brasil. É usado na construção civil, mas também é um importante condicionador do solo e tem utilização na nutrição animal. Todas as empresas que fabricam ração precisam de gesso como matéria-prima”.
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Ferreira enfatizou que as atividades irão contribuir para o desenvolvimento regional sustentável, com geração de empregos, renda e com práticas que respeitem o meio ambiente. “Não tem como pensar em desenvolvimento econômico sem pensar em desenvolvimento social. Por isso, a nossa ideia é utilizar a mão de obra local e adquirir equipamentos da região. Isso, além de transferir renda, barateia os custos do projeto”, destacou. O diretor complementou: “Em todos os projetos que realizamos, fazemos antes um estudo ambiental para saber o que pode ser feito com menor impacto possível”.
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A empresa Gesso Integral Ltda venceu o leilão do Projeto Agrominerais de Aveiro, ao oferecer o percentual de 25,5% sobre a receita bruta mensal dos minérios explorados, a título de Bônus de Produção. Além disso, realizará o pagamento de R$ 5 milhões à União. Esse valor corresponde ao Bônus de Assinatura e aos Prêmios de Oportunidade, que serão pagos em três momentos: antes da celebração do Contrato de Promessa de Cessão de Direitos; após a pesquisa geológica que comprove a viabilidade econômica da área; e o último, no início das operações.
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Os projetos Ouro de Natividade (TO), Diamantes em Santo Inácio (BA) e Caulim do Rio Capim (PA) não receberam propostas. O SGB avaliará a realização de uma nova rodada do leilão.
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Já para o projeto Fosfato de Miriri foi apresentada proposta por uma empresa. No entanto, havia pendências na documentação, e a Comissão Especial de Licitação (CEL) deu o prazo de cinco dias para a regularização.

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