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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Entidades repudiam a censura de livros



Entidades ligadas ao livro lançam nota de repúdio à censura de obras literárias em escolas e bibliotecas municipais. A censura ao livro "Menino Marrom", de Ziraldo, publicado pela Editora Melhoramentos, nas escolas municipais de Conselheiro Lafaiete (MG), e o recolhimento da obra “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, da juíza Flávia Martins de Carvalho, publicada pela Editora Mostarda, das salas de leitura da rede municipal de São José dos Campos (SP), são considerados atos inaceitáveis que ferem a liberdade de expressão e o direito ao acesso à informação. Confira a nota na íntegra:



Nota de repúdio à censura de livros


As entidades do livro repudiam veementemente a censura a livros. A recente censura ao livro "Menino Marrom", de Ziraldo, com publicação da Editora Melhoramentos, nas escolas municipais de Conselheiro Lafaiete (MG), e o recolhimento da obra “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, da juíza Flávia Martins de Carvalho e publicada pela Editora Mostarda, das salas de leitura da rede municipal pela prefeitura de São José dos Campos (SP), são atos inaceitáveis que configuram um claro ataque à liberdade de expressão, pilar fundamental para a democracia e o desenvolvimento de um país.


Censurar livros é atacar a democracia, a liberdade de expressão e a formação de cidadãos e cidadãs. O futuro do Brasil e o combate às desigualdades sociais dependem do crescimento intelectual de sua população, no qual o livro desempenha um papel imprescindível.


A liberdade de expressão é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 5º. A censura de livros, além de violar o direito à liberdade de expressão, também prejudica o acesso ao conhecimento e à cultura.


Ziraldo é um autor consagrado, que contribuiu significativamente, por décadas, para a consolidação da literatura infantil em nosso país, conquistando milhões de leitores. Sua obra "Menino Marrom" aborda temas fundamentais, como diversidade e inclusão, que são cruciais para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.


Da mesma forma, a obra “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, da juíza Flávia Martins de Carvalho, destaca a importância de promover a igualdade de gênero e incentivar meninas a perseguirem carreiras na ciência. A censura desta obra impede que jovens leitoras tenham acesso a histórias inspiradoras que podem influenciar positivamente suas vidas e escolhas profissionais.


As entidades reiteram seu compromisso com a defesa da liberdade de expressão e com a promoção de um ambiente literário em que todas as vozes possam ser ouvidas e respeitadas. Continuaremos a lutar contra qualquer tentativa de censura e a defender o direito ao livre acesso à cultura e ao conhecimento.


ABIGRAF - Associação Brasileira da Indústria Gráfica 
ABRELIVROS - Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais
ANL - Associação Nacional de Livrarias
CBL - Câmara Brasileira do Livro
LIBRE - Liga Brasileira de Editoras
SNEL - Sindicato Nacional de Editores de Livros

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