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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Especialista em cibersegurança discute motivos por trás do maior apagão cibernético da história

Alberto Leite, fundador do Grupo FS, acredita que falha pode ser resolvida, mas ressalta a importância de implementar medidas de segurança cibernética

 


Na madrugada desta sexta-feira (19), o mundo foi surpreendido com a notícia do maior apagão cibernético da história. No Brasil, os primeiros relatos têm a ver com instabilidades em instituições financeiras. Bancos como Bradesco, Banco do Brasil, Neon, Next e Pan estão fora do ar, segundo o site Downdetector.
 

Além das instituições financeiras, países como Espanha, Reino Unido, Nova Zelândia e Estados Unidos tiveram panes em companhias aéreas, emissoras de televisão e supermercados. A responsabilidade pela falha está sendo atribuída à Crowdstrike, empresa de cibersegurança que atende a Microsoft e oferece software a diversas indústrias ao redor do mundo para que elas se protejam contra invasões de hackers.
 

Segundo Alberto Leite, especialista em cibersegurança e fundador do Grupo FS, que atua no setor de tecnologia e soluções digitais, aparentemente, é uma falha operacional. “A tese de falha é reforçada pelo fato dos sistemas voltarem a funcionar ao retornar para a versão anterior. Uma atualização de software emitida pela CrowdStrike parece ser a raiz do problema, resultando em falhas em máquinas que operam o Windows, da Microsoft”.
 

Para Leite, a solução para o problema pode ser simples, mas o mercado precisa entender como isso aconteceu. "Mas para mim, a pergunta que fica é: como esse arquivo defeituoso, que não era nem para estar aí, foi parar lá? Pode ter havido um erro humano na hora de codificar e construir o drive, mas é pouco provável. Provavelmente nunca vamos saber a exata razão", comenta o fundador do Grupo.
 

O especialista destaca que hoje o mundo pôde sentir a relevância do tema de cibersegurança, que muitas vezes fica restrito aos profissionais de TI. “Quando falamos sobre ciberataque, as pessoas pensam que é coisa de ficção, Black Mirror. Hoje, estamos experimentando o que seria se tivéssemos um, qual impacto teria”, diz Leite.
 

O fundador do Grupo FS ressalta a importância de também promover uma discussão em torno dos frequentes ciberataques que têm ocorrido ao redor do mundo. Leite participou de eventos, como o V Congresso de Segurança e Defesa Cibernética, o Seminário LIDE e o Fórum Esfera em Paris e no Brasil, para debater a importância da cibersegurança nas empresas e a urgência da implementação de uma Política Nacional de Cibersegurança no Brasil, a fim de tornar o país menos vulnerável a ataques.
 

Alberto atua no setor de tecnologia desde 2009, quando fundou a FS Security. Antes de empreender, ocupou cargos de direção em empresas como Ambev e Brasiltec, e também foi CEO na SupportComm S/A. O empresário possui especialização em gestão avançada de negócios pela IESE Business School, governança pelo IBGC e administração pela Universidade Ceuma.
 

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