A extrema-direita começou a expandir o seu discurso no Brasil com o slogan "bandido bom é bandido morto" e agora choraminga a ditadura do STF.
O Twitter já caiu, o país loteado por perigosas facções criminosas que se infiltram no Estado, péssima educação, renda muito baixa, fome, falta de saneamento e metade do espectro político do país briga apenas e tão somente para destituir um juiz do Supremo Tribunal Federal, e lembrar que tudo começou com a história do cabo e do soldado.
Durante as eleições de 2018 um dos filhos do então candidato a presidência da República Jair Bolsonaro, o deputado e fritador de hambúrguer, Eduardo Bolsonaro, afirmou ser muito fácil fechar o STF, bastava, segundo ele, um cabo e um soldado: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo”, afirmou. Depois inventaram uma história dos "300 do Brasil" liderados pela comunista convertida, Sara Winter, que soltaram fogos de artifício por sobre a sede do Tribunal e foi quando o caldo começou a esquentar.
O então discreto juiz indicado por Michel Temer em 2016 e sob os aplausos da nascente neodireita que viria a ser liderada por Bolsonaro, Alexandre de Moraes, começou a se destacar por ser o homem, segundo as palavras do inesquecível Queiroz, da "pica do tamanho de um cometa".
Depois disso a direita bolsonarista esqueceu os bandidos que seriam bons se estivessem mortos e passou a chorar a perda da liberdade; logo Bolsonaro que a vida toda fora apologista de ditadores militares de repúblicas bananeiras da América Latina, como o pedófilo Alfredo Stroessner do Paraguai, se tornou numa espécie de mártir da liberdade e da democracia na narrativa de uma militância que tem como maior adversária justamente a imprensa.
A intenção bolsonarista de instaurar um regime iliberal no Brasil topou duramente de frente com o autoritário juiz paulista que é muito mais inteligente do que o caudilho da Barra da Tijuca. Xandão foi o monstro perfeito para enfrentar o tosco monstrengo bolsonarista, saiu-se vencedor, mas e agora quem parará a suprema autoridade de um juiz de um tribunal colegiado?
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