Levantamento realizado pela Fundamento Grupo de Comunicação aponta que:
- Inteligência Artificial: 42% dos brasileiros afirmam já ter recebido alguma notícia falsa manipulada por IA;
- Dos respondentes, 29% têm como principal meio de informação sites de jornais, revistas, rádios ou canais de TV. Os portais de notícias são a escolha principal de meio de informação por 24% dos entrevistados. As redes sociais surgem em terceiro lugar, com 21%;
- 59% dos entrevistados afirmaram nunca confiar em influenciadores nas redes sociais, 56% não confiam em lideranças religiosas, 50% desconfiam de personalidades e celebridades e 46% não confiam em políticos e porta-vozes de partidos.
São Paulo, 07 de agosto de 2024 – O estudo “Como o Brasileiro se Informa?” da Fundamento Análises, unidade da Fundamento especializada em Bussiness Intelligence aponta dados sobre o hábito de consumo de notícias do brasileiro e foi realizado pela primeira vez em 2016, depois em 2018 e em 2024. Segundo a pesquisa, 29% dos respondentes têm como principal meio de informação sites de jornais, revistas, rádios ou canais de TV. Os portais de notícias são a escolha principal de meio de informação por 24% dos entrevistados. As redes sociais surgem em terceiro lugar, com 21%. Os brasileiros hoje não se restringem apenas aos maiores ou tradicionais veículos de imprensa como fonte preferencial de informação. O levantamento também mostrou que 42% dos entrevistados afirmam já ter recebido fake news manipulada por Inteligência Artificial. O estudo contou com apoio institucional da Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e do Instituto Palavra Aberta.
Inteligência Artificial: uso inadequado é fonte de preocupação
No cenário atual, é grande a preocupação dos brasileiros com a potencial geração de conteúdo falso habilitada por recursos de Inteligência Artificial (IA). Enquanto 42% afirmam já ter recebido alguma notícia falsa manipulada por IA, 43% não sabem se isso já aconteceu. Questionados especificamente sobre o potencial uso da IA para a produção de conteúdo falso durante as campanhas eleitorais, 86% ressaltaram estar preocupados com a manipulação de fotos ou vídeos falsos dos candidatos em situações polêmicas, 88% com áudios adulterados, 90% com reportagens falsas como se pertencessem a veículos jornalísticos e 88% com a criação de sites e posts falsificados. O cenário reforça a importância de a população estar preparada para lidar com essa questão durante as campanhas eleitorais.
Meios tradicionais de comunicação ainda são os mais confiáveis
Os veículos considerados “tradicionais” têm maior credibilidade, segundo a pesquisa: dos respondentes, 53% confiam mais em sites de jornais, revistas, rádios ou canais de TV, 50% em portais de notícias e 47% em jornais impressos. Já em relação à TV, a TV por assinatura obteve maior índice de confiabilidade para 45% dos respondentes frente à TV aberta, com 38% das opções. As redes sociais obtiveram apenas 14% das indicações de confiabilidade dos usuários, número que só não ficou abaixo dos grupos de WhatsApp, com apenas 4%.
O consumidor de notícias está mais atento à divulgação de fake news
A pesquisa apontou que há uma expressiva desconfiança dos brasileiros em várias fontes de informação, desde as digitais até os meios tradicionais: 59% dos entrevistados afirmaram nunca confiar em influenciadores nas redes sociais, 56% não confiam em lideranças religiosas, 50% desconfiam de personalidades e celebridades e 46% não confiam em políticos e porta-vozes de partidos. Entre as fontes mais confiáveis, se destacam os pesquisadores e acadêmicos, com 72% de índice de credibilidade, e os médicos e especialistas em saúde, com 64% dos apontamentos.
Ao desconfiar da veracidade de um conteúdo, 42% verificam se a notícia está publicada em alguma outra fonte confiável e 27% acessam sites de checagem de notícias, enquanto 21% fazem buscas no Google ou outros buscadores online.
“Com a realização dessa terceira edição da pesquisa, procuramos contribuir para a reflexão em torno do consumo de notícias, trazendo um panorama de como os brasileiros hoje se informam, em que fontes confiam e como avaliam os desafios que se impõem no futuro próximo para a manutenção de uma sociedade democrática, com acesso à informação de qualidade”, destaca Marta Dourado, CEO da Fundamento Grupo de Comunicação.
“Considero que os 129 veículos, apontados pelo estudo como fontes de informação do consumidor de notícia, devem ser celebrados como expressão de liberdade e pluralidade da imprensa brasileira”, aponta Patricia Blanco, presidente executiva do Instituto Palavra Aberta.
“A pesquisa demonstra que nada suplanta a informação e a credibilidade de veículos tradicionais e sérios. A Inteligência Artificial tem colaborado na disseminação de fake news e precisamos combatê-las com uma legislação e regulamentação mais consistente”, explica Regina Bucco, Diretora Executiva da ANER.
Acesse a pesquisa completa pelo link: “Como o Brasileiro se Informa?”
Sobre a pesquisa
A edição de 2024 do levantamento “Como o Brasileiro se Informa?” coletou dados entre 05 de junho e 04 de julho de 2024. A pesquisa ouviu mais de 1.300 brasileiros acima de 18 anos através de questionário, contemplando todas as regiões do país, gêneros, grau de escolaridade, classe econômica e situação de trabalho. O estudo foi realizado pela primeira vez em 2016, depois em 2018 e em 2024. A metodologia utilizada foi a pesquisa quantitativa com preenchimento online em plataforma automatizada, com a utilização de questionário estruturado, incluindo perguntas fechadas de múltipla escolha e abertas para menções espontâneas. A amostra alcançada tem validade estatística em relação à população atual do Brasil. O índice de confiança é de 95% e a margem de erro é de 5%.
Sobre a Fundamento Grupo de Comunicação
Com mais de 30 anos de atuação, a Fundamento Grupo de Comunicação é uma agência brasileira que integra performance, autoridade digital e comunicação corporativa. Com equipes especializadas e metodologias de gestão ágil, a agência viabiliza estratégias de negócios que incorporaram marketing, relações públicas, projetos audiovisuais e inteligência de mercado. Criada por Marta Dourado, a Fundamento está entre as 40 maiores agências do país, de acordo com ranking do setor de comunicação corporativa. Em 2024, a Advice Comunicação Corporativa se juntou ao grupo, com a incorporação de Fernanda Dabori, fundadora da Advice como vice-presidente da Fundamento. Com atuação internacional, o grupo é associado da Baird’s CMC, GlobalComPR Network, Grayling, Citigate Dewe Rogerson, além da Fundamento Business Partners – rede própria na América Latina. O portfólio Fundamento inclui cases históricos que ganharam prêmios como Cannes Lions PR, Jatobá PR e Prêmio Aberje.
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