Símbolo da ignorância, paredões de som são usados em "atos políticos" no Brasil - Imagem ilustrativa, reprodução. |
Sempre é tempo de peste, quando são os loucos que guiam os cegos (William Shakespeare).
Não foi só a poluição sonora violenta e a perturbação do sossego, o famigerado ato político ocorrido na noite deste sábado (14), entre a Boa Passagem e o centro de Caicó, terminou em tragédia com um assassinato, refletindo o que se afirma aqui: trata-se não de política, mas de apologia ao atraso e à violência. Segundo reportaram os blogs locais, houve um tiroteio no meio de uma passeata, e uma pessoa perdeu a vida.
Quando uma "liderança" política permite que eventos como esse sejam realizados com sonorização agressiva e comportamento descontrolado, onde pessoas dançam e pulam em vez de debaterem questões públicas com seriedade, essa liderança acaba assumindo a responsabilidade moral pela violência que se desencadeia.
Como confiar o poder a indivíduos que carecem de educação básica e que, em vez de promoverem discussões construtivas e civilizadas, optam por espetáculos desordenados? Um político no contexto do terceiro mundo tem o dever de educar, de elevar o debate público. No entanto, muitos preferem manter o status quo, utilizando táticas de marketing vazias e esbanjando recursos públicos em festividades, como se governar fosse apenas uma continuação do carnaval.
Nenhum comentário:
Postar um comentário