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sábado, 26 de outubro de 2024

Brasil de 2022: Cresce Proporção de Mulheres como Responsáveis pelas Unidades Domésticas

Em 2022, 49,1%unidades domésticas do Brasil tinham responsáveis do sexo feminino - Foto: Agência Brasília


A divulgação do “Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados” pelo IBGE trouxe importantes dados sobre a configuração das unidades domésticas no Brasil. Em 2022, 49,1% das 72,5 milhões de unidades domésticas tinham como responsáveis mulheres, representando um salto em relação ao Censo de 2010, quando o percentual era de 38,7%. Essa mudança reflete uma alteração na estrutura familiar, com a presença feminina mais consolidada como líder dos lares. O evento de divulgação do estudo aconteceu na Casa Brasil IBGE, no Palácio da Fazenda, no Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo.

Dez estados superaram a marca de 50% de mulheres responsáveis, com destaque para Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%) e Maranhão (53%). Já as menores taxas foram observadas em Rondônia (44,3%) e Santa Catarina (44,6%). Em nível nacional, o número médio de pessoas por unidade doméstica caiu de 3,3 em 2010 para 2,8 em 2022, refletindo a tendência de famílias menores e domicílios unipessoais, que cresceram de 12,2% para 18,9% no período.



Configuração Familiar em Mudança

As unidades familiares com casal e filho recuaram de 41,3% para 30,7%, enquanto os casais sem filhos aumentaram de 16,1% para 20,2%. As famílias monoparentais, onde o responsável vive com filhos sem cônjuge, mantiveram-se praticamente estáveis em torno de 16,5%. Os dados destacam uma diversidade crescente nas composições familiares, sendo que 57,5% dos domicílios eram formados por casais de sexo diferente, 41,9% por responsáveis sem cônjuge e 0,54% por casais do mesmo sexo — número que cresceu consideravelmente desde 2010.

O Censo de 2022 revelou também que 67,3% dos responsáveis tinham mais de 40 anos, consolidando uma tendência de envelhecimento dos chefes de família. Pela primeira vez, pardos representam a maioria dos responsáveis (43,8%), seguidos por brancos (ainda significativos, mas em queda de 49,4% para 42,1%), pretos (11,7%) e indígenas (0,5%).

Dados de Óbitos e Sobremortalidade Masculina

Entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram registrados 1,3 milhão de óbitos, com maior taxa entre homens de 20 a 24 anos, frequentemente relacionada a causas externas, como acidentes e violência. Já nas faixas etárias mais avançadas, mulheres apresentaram taxas de mortalidade maiores, reflexo de uma longevidade maior.

A análise do IBGE oferece uma visão abrangente das mudanças estruturais nas famílias brasileiras, bem como da distribuição dos óbitos e das faixas etárias dominantes. Esses dados possibilitam uma melhor compreensão das transformações demográficas e sociais no país e apontam para questões relevantes que afetam diretamente a dinâmica familiar e a distribuição de responsabilidades nas residências.

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