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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Desastres mais frequentes e intensos exigem ações articuladas para proteger população

No IV Encontro Nacional de Desastres, especialistas do SGB compartilham estudos e informações técnicas que ajudam a compreender eventos extremos e a construir estratégias para reduzir os impactos

Foto: Jackson Mendes/ABRHidro


Curitiba (PR) – Cada vez mais aumenta a frequência e intensidade de desastres relacionados à água no Brasil, como as inundações que afetaram o Rio Grande do Sul e a seca histórica na região amazônica e no Pantanal. Diante desse cenário, torna-se necessário fortalecer a articulação entre as entidades que atuam na gestão de riscos e prevenção de desastres. É o que destacou a chefe do Departamento de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (DEHID/SGB), Andrea Germano, durante a abertura do IV Encontro Nacional de Desastres, nesta quarta-feira (9).

O evento, realizado em Curitiba (PR), é promovido pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro). Nesta edição, o tema “Cidades Resilientes Frente aos Eventos Extremos Associados às Mudanças Climáticas”. Cerca de 20 pesquisadores do SGB participam da programação e, além disso, há estande da instituição com o lema “Conhecimento para Prevenir e Salvar Vidas".

“Este fórum oferece uma oportunidade crucial para aprimorarmos nossa comunicação. Precisamos fortalecer nossa colaboração com a defesa civil”, enfatizou Andrea Germano. A pesquisadora também ressaltou a urgência de elaborar mecanismos para sensibilizar e conscientizar as pessoas que vivem em áreas de risco para que durante eventos extremos adotem medidas de segurança.


Estudos do SGB ampliam o conhecimento sobre desastres
 

Na ocasião, a chefe do DEHID falou sobre a experiência de mais de 40 anos do SGB em previsões hidrológicas: “Após a criação da Lei de Desastres, em 2012, expandimos nossas atividades no mapeamento de áreas risco e ampliamos os sistemas de alerta hidrológico”. Ao longo do evento, pesquisadores apresentarão estudos que ajudam a compreender os eventos extremos e construir estratégias para reduzir os impactos para a população.

Serão apresentados trabalhos com os temas: Mudanças Climáticas e Desastres; Inundações Graduais e Bruscas; Monitoramento aplicado a Desastres; Sistemas de Alerta; Gestão de Riscos e de Desastres; e Estiagens e Secas. Nesta quinta-feira (10), o pesquisador Marcus Suassuna participará de mesa redonda com o tema "Secas no Brasil no Contexto das Mudanças Climáticas" e a pesquisadora Luna Gripp fará palestra sobre “Diversidade, Equidade e Inclusão - Caracterização do END”. Luna Gripp é membro da comissão organizadora do evento e presidente da Comissão Científica, faz parte do Comitê Pró-Equidade e Diversidade do SGB e da Rede de Mães Geocientistas da Associação Brasileira de Mulheres nas Geociências (Rede GeoMamas/ABMGeo).
 

Trabalho de campo
 

A primeira atividade do IV END foi uma ação em campo para explorar locais em Curitiba (PR) que enfrentaram enchentes e inundações, e conhecer na prática soluções adotadas pelo município para minimizar os efeitos destes eventos. “A visita técnica de campo foi excelente onde pudemos visualizar e discutir dentro do município de Curitiba as bacias de detenção planejadas para essa finalidade, as disparidades de vulnerabilidade e risco entre as regiões norte e sul e as áreas suscetíveis a alagamentos”, avalia a pesquisadora do SGB Keyla Santos.

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