Indústria e Comércio abriram mais de 700 mil postos de trabalho no trimestre. - Foto: Jonathan Campos/AEN-PR |
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,4% entre julho e setembro de 2024, uma melhora significativa em relação ao trimestre anterior (6,9%) e ao mesmo período de 2023 (7,7%). Segundo a PNAD Contínua do IBGE, esta é a segunda menor taxa de desocupação já registrada desde o início da série histórica, em 2012, ficando atrás apenas do índice registrado em dezembro de 2013, de 6,3%. Essa queda reflete uma movimentação no mercado de trabalho com destaque para setores como a Indústria e o Comércio, que impulsionaram o recorde de ocupação, elevando o total de trabalhadores no país para 103 milhões.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, afirma que a trajetória de queda da desocupação se deve à expansão dos trabalhadores demandados por várias atividades econômicas. A Indústria, que registrou alta de 3,2% na ocupação, absorveu 416 mil trabalhadores, enquanto o Comércio acrescentou 291 mil novos postos. O setor do Comércio, inclusive, alcançou uma marca inédita de 19,6 milhões de ocupados. O emprego com carteira assinada cresceu em ambos os setores, embora o comércio tenha mostrado uma maior geração de trabalho informal.
No setor privado, o número de empregados alcançou um recorde de 53,3 milhões, com alta de 2,2% no trimestre e de 5,3% no ano. Já o setor público, que também chegou a um patamar recorde, registrou 12,8 milhões de empregados, impulsionado pelo aumento dos servidores sem carteira assinada, que subiram 9,1% em comparação ao ano anterior.
Embora o número de ocupados tenha aumentado, o rendimento médio real (R$ 3.227) mostrou-se estável no trimestre. Entretanto, apresentou um crescimento anual de 3,7%, evidenciando uma melhora na renda média do trabalhador. Já a massa de rendimentos, que representa a soma dos ganhos de todos os trabalhadores, atingiu R$ 327,7 bilhões, mantendo-se estável no trimestre e com uma alta de 7,2% na comparação com 2023.
Esses resultados refletem um cenário de leve recuperação econômica, em que diversos setores, principalmente os voltados à indústria e ao comércio, demonstram uma tendência de absorver mais trabalhadores, tanto formais quanto informais, contribuindo para uma taxa de desocupação historicamente baixa e indicando uma maior estabilidade no mercado de trabalho brasileiro.
Informações da Agência IBGE
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