Mais uma vez o desempenho da esquerda deixou a desejar. O PT, por exemplo, elegeu apenas 3 candidatos em segundo turno, entre 36 municípios do interior
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil |
Eleitores brasileiros foram às urnas, neste domingo (27), para eleger em segundo turno novos prefeitos e vice-prefeitos em 51 municípios. Desse total, 36 são cidades do interior. Nesses entes, o partido político que mais consagrou candidatos vitoriosos foi o PSD, com 7 eleitos. Partidos como MDB, PL e União também se destacaram, com 4 vencedores, cada.
Mais uma vez o desempenho da esquerda deixou a desejar. O PT, por exemplo, uma das siglas mais importantes da ala, elegeu apenas 3 candidatos em segundo turno, entre esses 36 municípios.
Segundo o cientista político Leandro Gabiati, o resultado das eleições em segundo turno mostra a força das legendas de centro-direita nas eleições municipais. Na avaliação dele, esse cenário aponta uma projeção que pode ser alcançada no pleito de 2026, com prevalência de políticos mais ligados às alas de direita e centro-direita, na Câmara dos Deputados e no Senado.
“Eu acho que essa eleição de 2024 marca um rumo bastante claro de como será nosso Congresso Nacional em 2026. E digo isso porque a eleição ao Congresso é uma eleição na qual o eleitor escolhe, de fato, um candidato de sua preferência. Já na eleição presidencial, muitas vezes você contra alguém. São coisas bem diferentes, mas, de fato, definimos essa eleição como um crescimento de centro e centro-direita, assim como da direita, representado pelo Partido Liberal, o PL.”
Veja quem foram os eleitos, em 2° turno, nas cidades do interior
- Anápolis (GO): Márcio Corrêa (PL)
- Aparecida de Goiânia (GO): Leandro Vilela (MDB)
- Barueri (SP): Beto Piteri (REPUBLICANOS)
- Camaçari (BA): Caetano (PT)
- Campina Grande (PB): Bruno Cunha Lima (UNIÃO)
- Canoas (RS): Airton Souza (PL)
- Caucaia (CE): Naumi Amorim (PSD)
- Caxias do Sul (RS): Adiló (PSDB)
- Diadema (SP): Taka Yamauchi (MDB)
- Franca (SP): Alexandre Ferreira (MDB)
- Guarujá (SP): Farid Madi (PODE)
- Guarulhos (SP): Lucas Sanches (PL)
- Imperatriz (MA): Rildo Amaral (PP)
- Jundiaí (SP): Gustavo Martinelli (União Brasil)
- Limeira (SP): Murilo Félix (PODE)
- Londrina (PR): Tiago Amaral (PSD)
- Mauá (SP): Marcelo Oliveira (PT)
- Niterói (RJ): Rodrigo Neves (PDT)
- Olinda (PE): Mirella (PSD)
- Paulista (PE): Ramos (PSDB)
- Pelotas (RS): Marroni (PT)
- Petrópolis (RJ): Hingo Hammes (PP)
- Piracicaba (SP): Helinho Zanatta (PSD)
- Ponta Grossa (PR): Elizabeth Schmidt (UNIÃO)
- Ribeirão Preto (SP): Ricardo Silva (PSD)
- Santa Maria (RS): Rodrigo Decimo (PSDB)
- Santarém (PA): Zé Maria Tapajós (MDB)
- Santos (SP): Rogério Santos (REPUBLICANOS)
- São Bernardo do Campo (SP): Marcelo Lima (PODE)
- São José do Rio Preto (SP): Coronel Fabio Candido (PL)
- São José dos Campos (SP): Anderson Farias (PSD)
- Serra (ES): Weverson Meireles (PDT)
- Sumaré (SP): Henrique do Paraíso (REPUBLICANOS)
- Taboão da Serra (SP): Engenheiro Daniel (UNIÃO)
- Taubaté (SP): Sergio Victor (NOVO)
- Uberaba (MG): Elisa Araújo (PSD)
Como foi o primeiro turno?
Depois de 30 anos liderando as prefeituras brasileiras, o MDB perdeu espaço para o PSD. O partido de centro garantiu 888 prefeituras em primeiro turno, um aumento em relação a 2020, quando 659 municípios eram geridos por prefeitos da legenda.
Os dados do Tribunal Superior eleitoral mostram ainda que, mesmo perdendo a liderança no número de prefeituras conquistadas, o MDB cresceu em relação ao último pleito, passando de 790 para 865 prefeitos eleitos. E garantindo o segundo lugar entre as legendas.
O PP ficou com o terceiro lugar entre os partidos que mais elegeram prefeitos em primeiro turno, alcançando 752 prefeituras e um aumento em relação às últimas eleições municipais, quando a legenda de centro-direita tinha alcançado 679 cidades.
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