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domingo, 5 de janeiro de 2025

Brasil registra maior número de queimadas desde 2010

Foto: Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil


Em 2024, o Brasil enfrentou um cenário alarmante de queimadas, com o maior número de focos de incêndio detectados em seus principais biomas desde 2010. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram 278.299 focos ao longo do ano, um aumento expressivo de 46,5% em relação a 2023, quando foram registrados 189,9 mil focos. Esse índice é superado apenas pelos 319,4 mil focos de 2010 e pelos 393,3 mil de 2007, o recorde histórico.


Amazônia é o bioma mais afetado


A Amazônia concentrou mais da metade das queimadas em 2024, com 140.346 focos de incêndio, representando 50,4% do total nacional. O Cerrado veio em seguida, com 81.468 focos (29,3%). A Mata Atlântica, a Caatinga, o Pantanal e o Pampa também sofreram impactos significativos, registrando respectivamente 21.328 (7,7%), 20.235 (7,3%), 14.498 (5,2%) e 424 focos (0,2%).


Meses críticos: agosto e setembro


Agosto e setembro concentraram os piores índices de queimadas do ano. Em setembro, o país registrou 83.154 focos de incêndio, o maior volume mensal de 2024, enquanto agosto apresentou 68.635 focos. Juntos, esses dois meses somaram aproximadamente 55% de todos os focos registrados no ano, evidenciando a gravidade da situação nesses períodos de clima mais seco.


Comparativo histórico


Os dados de 2024 também superaram os registros de 2020, quando o país enfrentou um dos cenários mais críticos de queimadas recentes, com 222,7 mil focos detectados. Desde então, os índices anuais de queimadas não ultrapassaram esse patamar até agora.


Impactos ambientais e socioeconômicos


O aumento das queimadas afeta diretamente a biodiversidade, contribui para a degradação de ecossistemas e agrava a crise climática global, além de gerar impactos socioeconômicos significativos para as comunidades que dependem dos biomas para sua subsistência. Especialistas também alertam para os riscos à saúde pública, como problemas respiratórios causados pela inalação de fumaça.


Necessidade de ações urgentes


Organizações ambientais e cientistas destacam a necessidade de ações mais efetivas para combater as queimadas, incluindo a fiscalização mais rigorosa, o fortalecimento das políticas públicas de preservação e a promoção de alternativas sustentáveis para as populações locais. O cenário de 2024 reforça a urgência de medidas concretas para mitigar os danos e prevenir novos recordes negativos no futuro.


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