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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Disputas de preços faz a energia solar ficar 3% mais barata para o consumidor, mesmo com alta nos custos dos equipamentos, aponta Solfácil

Necessidade de manter preços competitivos impediu o repasse dos aumentos nos custos de equipamentos ao consumidor final, diz estudo da Solfácil

 

Canva

O aumento nos preços de equipamentos fotovoltaicos não elevou os custos para os consumidores finais de energia solar no Brasil. Apesar da alta nos preços dos insumos, o custo da energia solar para residências ficou 3% mais barato no quarto trimestre de 2024, caindo de R$ 2,53 para R$ 2, 46 por Watt-pico (Wp), em comparação ao trimestre anterior. Os dados são do Radar, indicador trimestral produzido pela Solfácil, maior ecossistema de energia solar da América Latina.
 

A pesquisa indicou que a principal razão para a queda nos preços foi a necessidade dos integradores de manterem-se competitivos em um mercado cada vez mais disputado. Com o aumento dos preços dos equipamentos, muitas empresas se viram forçadas a reduzir seus preços para atrair clientes. Além disso, negociações prolongadas dificultaram o repasse dos custos mais altos para os consumidores
 

"Os integradores enfrentam um cenário desafiador, em que manter preços competitivos é crucial para não perder mercado. Essa dinâmica tem beneficiado os consumidores, que continuam acessando sistemas de energia solar a preços mais acessíveis, mas afeta a rentabilidade do setor”, afirma Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil.
 

O levantamento mostra ainda que, entre as faixas de potência analisadas, apenas os projetos de até 4 kWp apresentaram uma desaceleração na queda dos preços, com retração de 2% em relação ao trimestre anterior.
 

Embora os dados do quarto trimestre de 2024 apontem uma redução nos custos ao consumidor, o setor deve enfrentar um novo contexto em 2025. Mudanças tributárias devem elevar significativamente o preço dos equipamentos, o que pode impactar os valores finais ao consumidor.
 

Maioria dos estados registra queda no preço da energia solar


Quase todos os estados do país registraram queda no preço da energia solar, com Paraná e Tocantins liderando o ranking, com uma redução de 7%, seguidos do Rio de Janeiro e Piauí, ambos com queda de 6%, enquanto São Paulo, Acre, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul registraram quedas de 5%. Por outro lado, Espírito Santo (-2%), Sergipe (-2%), Amapá (-1%) foram os únicos estados a registrar aumento nos preços médios.



Centro-Oeste se mantém como a região mais barata para a energia solar


O Centro-Oeste se mantém como a região mais acessível para a instalação de energia solar no Brasil, com o custo médio de R$ 2,36 por watt-pico (Wp), uma redução de 2% em relação ao trimestre anterior. Na sequência, o Sul aparece com R$ 2,44 (Wp), após queda de 4%.

 


O Sudeste, por sua vez, registrou R$ 2,48 (Wp), acima da média nacional, apesar de uma redução de 3%. Já o Nordeste marcou R$ 2,45 (Wp), também com queda de 2%. A região Norte desponta como a mais cara para projetos solares, com R$ 2,60 (Wp), mesmo após recuo de 4% no período.

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