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terça-feira, 25 de março de 2025

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Pesquisa aponta conexão entre nível de escolaridade e acesso ao mercado de trabalho no Brasil

Estudo revela desafios e oportunidades para trabalhadores e empresas, destacando o impacto da formação educacional na empregabilidade no país

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Uma pesquisa do Mission Brasil, maior empresa de serviços recompensados do Brasil,  revela que a maioria dos brasileiros interrompe os estudos para ingressar no mercado de trabalho. O estudo, que visa oferecer um panorama da formação educacional no país, aponta que 43% dos entrevistados têm apenas o ensino médio completo, enquanto apenas 18% concluíram o ensino superior e 19% ainda não são formados. Os dados ajudam a compreender as barreiras que impedem a continuidade dos estudos, além de destacar a relação entre escolaridade e empregabilidade, já que apesar de 59% considerarem a educação essencial para o crescimento profissional, fatores como baixa renda e necessidade de trabalho precoce dificultam a continuidade dos estudos.

Realizada com 400 pessoas de diferentes idades, gêneros e contexto socioeconômicos, a pesquisa aponta que 95% dos entrevistados disseram ter alguma formação escolar. No entanto, 72,7% afirmam ter priorizado o trabalho ao longo da vida, outros 37,3% sinalizaram que a educação era de média prioridade e pouco mais de 3% consideravam a educação baixa prioridade, reforçando um paradoxo enfrentado por muitos brasileiros: a necessidade de conciliar formação acadêmica e estabilidade financeira. 

Quando perguntados sobre a renda per capita, 41,5% dos entrevistados disseram ganhar até um salário mínimo, enquanto 41% recebem entre um e dois salários mínimos, além disso, 14,17% responderam que ganham entre três e quatro salários mínimos. Apenas 3,4% declararam ter uma renda superior a 5 salários mínimos. Essa realidade impacta diretamente nos estudos: 18,11% alegaram dificuldades financeiras como principal barreira para avançar  na escolaridade, enquanto cerca de 4% responderam que enfrentaram dificuldades familiares. Desinteresse pela educação, falta de vagas nas escolas e problemas de saúde aparecem em seguida com (3,6%), (1,05%) e (0,8%) das respostas, respectivamente. Os dados também mostram disparidades de gênero e etnia. 

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A pesquisa ainda destaca disparidades de gênero e etnia. Enquanto 56% dos entrevistados são do sexo masculino e não possuem filhos, a maioria (47%) se identifica como branca, seguida por 34% de pardos. Em relação à faixa etária, 184 respondentes têm entre 18 e 26 anos, enquanto 127 estão na faixa etária de 27 a 35 anos. Isso indica que a maior parte dos participantes se encontra em um momento crucial para decisões sobre educação e carreira.

Para Thales Zanussi, CEO da Mission Brasil, os números reforçam a necessidade de iniciativas que facilitem o acesso à educação continuada e ao desenvolvimento profissional com alternativas flexíveis para os trabalhadores. “A pesquisa revela um desafio importante para o Brasil: muitas pessoas reconhecem a importância da educação, mas são forçadas a interromper seus estudos para ingressar no mercado de trabalho precocemente”. Para ele,  a capacitação contínua precisa ser incentivada, e o setor privado pode desempenhar um papel fundamental nesse processo ao trazer soluções para que o trabalhador possa conciliar vida pessoal, educação e vida profissional, como por exemplo o ‘anywhere office’ e plataformas de renda extra”, avalia.

Com base nos dados levantados, a pesquisa do Mission Brasil abre espaço para discussões sobre políticas públicas, programas de qualificação e as mudanças no perfil do trabalhador brasileiro. O estudo também reforça a importância de ações que permitam maior inclusão e igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

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