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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Desemprego recua para 6,2% e Brasil registra recorde de trabalhadores com carteira assinada, aponta IBGE

Total de empregados com carteira assinada no setor privado foi recorde, chegando a 39,8 milhões de pessoas - Foto: Dênio Simões/Agência Brasília


A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,2% no trimestre de março a maio de 2025, uma redução de 0,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre imediatamente anterior (6,8%) e de 1,0 p.p. na comparação anual (7,1%). Os dados, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um cenário de contínuo aquecimento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação formal e queda nos índices de informalidade e desalento.


Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o número de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, uma retração de 8,6% (ou menos 644 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, e 12,3% inferior ao mesmo período de 2024, quando o contingente era de 7,8 milhões.


Ocupação atinge 103,9 milhões de pessoas e bate recorde de carteira assinada



O número total de pessoas ocupadas no trimestre foi de 103,9 milhões, o que representa crescimento de 1,2% frente ao trimestre anterior e de 2,5% (ou mais 2,5 milhões de pessoas) na comparação com o mesmo período de 2024. O nível da ocupação, que corresponde ao percentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar, subiu para 58,5%, com alta de 0,6 p.p. no trimestre e de 1,0 p.p. em um ano.


O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,8 milhões, maior número da série histórica, com estabilidade frente ao trimestre anterior (0,5%) e crescimento de 3,7% em relação a 2024.


Informalidade e desalento em queda


A taxa de informalidade também apresentou recuo, atingindo 37,8% da população ocupada — equivalente a 39,3 milhões de pessoas — contra 38,1% no trimestre anterior e 38,6% no mesmo período do ano passado. A queda se deve, sobretudo, ao crescimento de trabalhadores por conta própria com CNPJ, que aumentaram 3,7% no trimestre e 8,4% no ano.


Outro dado positivo é a redução no número de desalentados (aqueles que desistiram de procurar trabalho), que somaram 2,89 milhões de pessoas, menor patamar desde 2016. A queda foi de 10,6% em relação ao trimestre anterior e de 13,1% na comparação anual.


Setor público impulsiona crescimento da ocupação no trimestre


Entre os dez setores analisados, apenas o grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registrou alta na ocupação frente ao trimestre anterior, impulsionado pelo início do ano letivo e contratações associadas ao setor educacional e de apoio.


Já na comparação com o mesmo trimestre de 2024, cinco setores apresentaram crescimento:


  • Indústria Geral: +3,9% (501 mil pessoas)

  • Comércio e reparação de veículos: +3,4% (655 mil)

  • Transporte e armazenagem: +7,0% (395 mil)

  • Informação, comunicação e atividades financeiras e administrativas: +3,7% (475 mil)

  • Administração pública e serviços sociais: +3,4% (625 mil)


A única retração ocorreu na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que perdeu 307 mil ocupações (queda de 3,9%).


Renda permanece estável, mas massa de rendimento atinge recorde


O rendimento médio mensal real habitual ficou em R$ 3.457, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e com alta de 3,1% no ano. Já a massa de rendimento real habitual — que corresponde à soma dos rendimentos de todos os trabalhadores — atingiu o valor recorde de R$ 354,6 bilhões, com crescimento de 1,8% no trimestre e 5,8% no ano.


Subutilização da força de trabalho também recua


A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas e pessoas na força de trabalho potencial, recuou para 14,9%, ante 15,7% no trimestre anterior e 16,8% no mesmo período de 2024.


Com os indicadores mostrando recuperação sustentada do mercado de trabalho, os dados da PNAD Contínua reforçam a tendência de melhora na ocupação e formalização, apesar de desafios persistentes em determinados setores e regiões do país.

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