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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Desemprego cai para 5,8% no 2º trimestre de 2025, menor taxa desde 2012, aponta IBGE

Taxa de desocupação das mulheres (6,9%) segue superior a dos homens (4,8%) - Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ


A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor índice da série histórica iniciada em 2012. O dado, divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra um mercado de trabalho aquecido e resiliente, com queda do desemprego em 18 das 27 unidades da federação e estabilidade nas demais.


Entre os estados, Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) registraram as maiores taxas de desocupação. Já os menores índices foram observados em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).


O levantamento faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral e incorpora a reponderação da série histórica feita em 2025, que ajusta os dados de acordo com as projeções populacionais atualizadas a partir do Censo de 2022.



Queda em todas as faixas de tempo de procura por trabalho


Na comparação com o mesmo período de 2024, houve redução do número de desocupados em todas as quatro faixas de tempo de procura por trabalho analisadas pelo IBGE. Duas delas — excluindo a de menos de um mês e a de dois anos ou mais — registraram os menores contingentes para um segundo trimestre desde 2012. Ainda assim, 1,3 milhão de pessoas seguem buscando emprego há pelo menos dois anos, 23,6% a menos que no ano passado.


Para William Kratochwill, analista do IBGE, o recuo reflete “ainda aquecido e resiliente, com redução da taxa de desocupação no país. O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação, ou seja, há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”..


Desemprego atinge mais mulheres, pretos e pardos


Enquanto a taxa nacional ficou em 5,8%, o desemprego atingiu 6,9% das mulheres e 4,8% dos homens. Por cor ou raça, o índice foi de 4,8% entre brancos, 7,0% entre pretos e 6,4% entre pardos.


O nível de escolaridade também influenciou o resultado: pessoas com ensino médio incompleto registraram taxa de 9,4%, enquanto as com ensino superior completo tiveram 3,2%.


Informalidade recua, mas ainda atinge 37,8% dos ocupados


A taxa de informalidade no país ficou em 37,8% da população ocupada. Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) tiveram os maiores índices; Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%), os menores.


Kratochwill explica que a queda da informalidade é outra consequência do mercado aquecido, com aumento de 1,8 milhão de ocupados — 17,6% deles informais: “A redução da taxa de informalidade é reflexo desse bom desempenho. O mercado de trabalho forte proporciona mais ocupação aos trabalhadores, formal e informalmente. Os números mostram um aumento de 1,8 milhão de ocupados, sendo 17,6% deles informais (318 mil), o que permite a redução da taxa”, explicou.


Entre os empregados do setor privado, 74,2% possuem carteira assinada. Santa Catarina lidera com 87,4%, enquanto o Maranhão apresenta o menor percentual (53,1%). Já o trabalho por conta própria corresponde a 25,2% da população ocupada, chegando a 35,3% em Rondônia e a apenas 18,6% no Distrito Federal.


Rendimento médio sobe para R$ 3.477


O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos subiu para R$ 3.477, alta tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 3.440) quanto ao mesmo período de 2024 (R$ 3.367). A região Sudeste foi a única a registrar crescimento significativo na comparação trimestral, chegando a R$ 3.914.


A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 351,2 bilhões, crescimento de 2,9% frente ao primeiro trimestre e de 5,9% em relação a 2024, com destaque para o Sudeste, que registrou o maior valor da série: R$ 177,8 bilhões.

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