10 doenças urológicas masculinas para prestar atenção - Blog A CRÍTICA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Últimas

Post Top Ad

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

10 doenças urológicas masculinas para prestar atenção

O tema cuidados com a saúde do homem inclui, além do câncer de próstata, outras doenças urológicas que são benignas e para os quais também vale o alerta da prevenção e do diagnóstico precoce. Entre elas, hiperplasia benigna da próstata, disfunção erétil, infertilidade, infecção do trato urinário, prostatite e varicocele



Quando se fala em saúde do homem, o câncer de próstata costuma ser a primeira preocupação. De fato, é o tipo de tumor mais incidente entre os homens, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. No entanto, os cuidados urológicos vão muito além desse diagnóstico. “Há muitas outras condições que podem afetar a qualidade de vida dos homens. Muitas delas são comuns, mas muito negligenciadas devido ao constrangimento de ir ao médico e à falta de informação”, alerta o urologista e cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos da BP. Entre as doenças que merecem atenção estão a disfunção erétil, a incontinência urinária, a infertilidade e outras condições que exigem diagnóstico e tratamento precoces para evitar complicações.

hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição muito frequente após os 40 anos. Trata-se do crescimento não cancerígeno da próstata, que ao se expandir pode comprimir a uretra e dificultar a passagem da urina. Esse processo natural do envelhecimento pode provocar sintomas como dificuldade para iniciar a micção, jato urinário fraco, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, urgência urinária e a necessidade de levantar várias vezes à noite para urinar. O diagnóstico começa com a consulta urológica, exame de toque retal e pode incluir exames complementares, como ultrassonografia, ressonância, PSA e fluxometria. O tratamento vai desde medicamentos que relaxam a musculatura da próstata ou reduzem seu tamanho até procedimentos minimamente invasivos, quando a medicação não é suficiente.

disfunção erétil, definida como a incapacidade persistente de obter ou manter ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória, é outro problema frequente. Muitas vezes associada a doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, tabagismo, obesidade e fatores emocionais, pode causar grande impacto na autoestima e nos relacionamentos. Os sintomas incluem dificuldade de ereção, diminuição da libido e ansiedade relacionada ao desempenho sexual. A investigação médica abrange exames clínicos, laboratoriais e, em alguns casos, de imagem. O tratamento pode incluir orientação psicológica, medicamentos orais que estimulam a função erétil, mudanças de estilo de vida e, em situações específicas, cirurgias.

prostatite é uma inflamação da próstata que pode ser aguda ou crônica e de origem bacteriana ou não bacteriana. Os sintomas incluem dor pélvica e perineal, ardência ao urinar, urgência e frequência urinária aumentada, dor na ejaculação e, em casos agudos, febre. O diagnóstico é feito com base no toque retal, exames de urina e, em alguns casos, análise de secreção prostática. O tratamento costuma envolver antibióticos por tempo prolongado, além de medicamentos para dor e anti-inflamatórios.

infecção do trato urinário (ITU), embora mais comum em mulheres, também pode acometer homens, atingindo rins, ureteres, bexiga ou uretra. Entre os sintomas estão ardor ao urinar, urgência e frequência urinária, urina turva ou com odor forte, dor abdominal baixa e, nos casos mais graves, febre e calafrios. O diagnóstico é feito por exame de urina, com confirmação por urocultura, que identifica a bactéria causadora e orienta a escolha do antibiótico mais eficaz. O tratamento é baseado em antibióticos pelo período prescrito, além de medidas de suporte como analgésicos.

Outro problema bastante conhecido é a formação de cálculos renais, ou pedras nos rins, resultantes da cristalização de sais minerais como cálcio, oxalato e ácido úrico. Podem causar crises de cólica renal, caracterizadas por dor intensa na lombar que pode irradiar para a virilha, além de náuseas, vômitos, sangue na urina e urgência urinária. O diagnóstico envolve exames de imagem e laboratoriais, que ajudam a identificar tanto a pedra quanto fatores metabólicos de risco. O tratamento depende do tamanho e localização do cálculo: pode incluir aumento da ingestão de líquidos, medicamentos para facilitar a eliminação e, em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos ou minimamente invasivos, como a litotripsia.

varicocele é uma dilatação anormal das veias do cordão espermático, semelhante às varizes das pernas, e afeta principalmente o lado esquerdo. Embora possa ser assintomática, pode causar dor, sensação de peso escrotal, presença de uma massa palpável e, em alguns casos, infertilidade masculina. O diagnóstico é feito por exame físico e confirmado por exames de imagem e análise seminal (espermograma). O tratamento vai desde medidas conservadoras, como analgésicos e suporte escrotal, até cirurgia, indicada nos casos de dor persistente, infertilidade ou atrofia testicular.

ejaculação precoce é uma disfunção sexual em que o homem ejacula mais rapidamente do que desejaria, geralmente em menos de um minuto após a penetração. Isso pode gerar frustração, angústia e até evitar a intimidade sexual. O diagnóstico é clínico e pode incluir avaliação psicológica. O tratamento combina medicamentos que reduzem a ansiedade ou a sensibilidade peniana com terapia sexual e técnicas de controle.

incontinência urinária masculina se manifesta pela perda involuntária de urina. Pode ocorrer por esforço físico, por urgência incontrolável ou por transbordamento da bexiga. Os sintomas vão desde perdas durante atividades simples, como tossir ou rir, até gotejamento constante. O diagnóstico inclui avaliação clínica e estudo urodinâmico, que permite identificar a causa exata da perda. O tratamento varia entre fisioterapia pélvica, uso de medicamentos e, nos casos mais graves, procedimentos cirúrgicos.

infertilidade masculina é definida como a dificuldade de engravidar a parceira após 12 meses de relações sexuais sem proteção, quando o fator masculino está envolvido. Os sinais podem incluir alterações na ejaculação, dor ou inchaço testicular, queda do desejo sexual e ginecomastia. O diagnóstico abrange histórico clínico, exame físico, análise do sêmen e, em alguns casos, exames de imagem e genéticos. O tratamento depende da causa e pode incluir medicamentos, terapias hormonais ou cirurgias para corrigir obstruções e melhorar a qualidade seminal.

Por fim, a candidíase masculina, embora menos comum que nas mulheres, também merece atenção. É uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que pode provocar coceira, vermelhidão, secreção esbranquiçada sob o prepúcio, dor durante a relação sexual e odor desagradável. O diagnóstico é feito por exame clínico e análise laboratorial. O tratamento consiste no uso de antifúngicos tópicos ou orais. Nos casos recorrentes, pode ser indicada a cirurgia de fimose.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages