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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Desemprego se mantém em 5,6% e atinge menor patamar da série histórica iniciada em 2012

Número de empregados com carteira assinada no setor privado foi novo recorde da série - Foto: Dênio Simões/Agência Brasília


A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o resultado do trimestre até julho e permanecendo no menor nível desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo IBGE.


No trimestre encerrado em maio, o índice estava em 6,2%, e no mesmo período de 2024, em 6,6%. Com isso, o país chegou a 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série. O número representa queda de 9% (menos 605 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e de 14,6% (menos 1 milhão) em relação ao ano passado.



Subutilização e desalento em queda


A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 14,1%, também o menor nível da série histórica. O recuo foi de 0,9 ponto percentual frente ao trimestre até maio e de 1,9 ponto em relação a 2024. O total de pessoas subutilizadas caiu para 16 milhões.


A população desalentada, formada por pessoas que desistiram de procurar emprego, recuou para 2,7 milhões, menor patamar desde 2016. A queda foi de 6,7% no trimestre e de 13,7% em um ano.


Ocupação bate recordes


O contingente de ocupados chegou a 102,4 milhões de pessoas, alta de 0,5% em relação ao trimestre anterior e de 1,8% frente a 2024. O nível de ocupação ficou em 58,1%, o maior já registrado.


Entre os destaques, o número de empregados no setor privado alcançou 52,6 milhões, e os trabalhadores com carteira assinada chegaram a 39,1 milhões, recorde da série. Na comparação anual, houve alta de 3,3% (1,2 milhão a mais).


Já os empregados sem carteira recuaram 3,3% em um ano (menos 464 mil pessoas). O setor público (12,9 milhões) cresceu 2,7% no mesmo período. O trabalho por conta própria chegou a 25,9 milhões, com alta nas duas comparações.


A categoria de trabalhadores domésticos recuou para 5,6 milhões, menos 197 mil em relação a 2024.


Informalidade e rendimento


A taxa de informalidade atingiu 38% da população ocupada, o equivalente a 38,9 milhões de trabalhadores, ligeiramente acima do trimestre anterior (37,8%). O crescimento foi puxado pelo trabalho por conta própria sem CNPJ, que chegou a 19,1 milhões de pessoas.


O rendimento médio real foi de R$ 3.488, estável frente ao trimestre até maio e 3,3% acima do registrado em 2024. A massa de rendimentos alcançou R$ 352,6 bilhões, avanço de 1,4% na comparação trimestral e de 5,4% no ano.


Por categoria, o rendimento cresceu no setor público (3,0% no trimestre) e, no comparativo anual, em empregados com e sem carteira, trabalhadores domésticos e conta própria. Entre os setores, se destacaram os aumentos em agricultura (6,6%), construção (5,1%), administração pública e serviços sociais (3,7%) e serviços domésticos (5,3%).

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