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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Artista brasileira renasce nas cores e expõe no Louvre

Após uma década longe da pintura, Denise Marques apresenta em Paris a obra O Renascimento do Crisântemo, inspirada na sua jornada espiritual pelo Japão e marcada pela força da resiliência

Denise Marques


Desde a primeira infância, Denise Marques desenhava e pintava, transformando as paredes de casa em um grande mural de imaginação. A menina que cobria o mundo de cor levou sua arte para o espaço do Carrousel du Louvre destinado à Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture, durante o Salon Art Shopping. O evento, organizado pela Divine Académie, celebrou 30 anos de atuação reunindo artistas plásticos, escultores, designers, fotógrafos e escritores de diversas partes do mundo.
 
Quem observava a Denise criança, via naquela curiosidade incansável o presságio de uma artista. Na adolescência, ela frequentou escolas de desenho e pintura e, mais tarde, formou-se em letras e fez um curso livre de desenho de moda do Senac, área em que foi incentivada a seguir carreira como ilustradora pela qualidade de sua pintura. A trajetória, porém, a levou por outros caminhos. O sucesso no mundo corporativo a afastou das telas, ainda que a arte nunca tenha deixado de pulsar em silêncio dentro dela.
 
Durante uma década, Denise se manteve distante da pintura, em um período de profunda introspecção e amadurecimento pessoal. A perda da mãe, em 2022, marcou esse processo e despertou nela o desejo de reencontrar o sentido da criação. A artista transformou o luto em movimento e reencontrou nas cores um caminho de cura e renascimento.
 
Sua nova fase artística ganhou forma na obra O Renascimento do Crisântemo (La renaissance du chrysanthème), inspirada por uma peregrinação espiritual aos templos e lugares sagrados do Japão em 2025. No país em que o crisântemo é símbolo nacional e representa a família imperial, a longevidade, a perfeição e o outono, Denise encontrou uma metáfora para traduzir o ciclo da vida e a impermanência.
 
Utilizando a técnica de óleo sobre tela, a artista combinou tons escuros e profundos com a luz vibrante do amarelo, representando a alegria, a vitalidade e a felicidade de nascer e renascer. “Durante muitos anos, a arte foi um refúgio silencioso. Hoje, ela é a forma mais verdadeira de dizer quem eu sou”, conta Denise. A obra convida o observador a mergulhar em um universo simbólico, em que a cor e a luz se entrelaçam como expressões de transformação.
 
“Cada pincelada é um sopro de esperança”, destaca Denise. Em O Renascimento do Crisântemo, a artista celebra a força da resiliência e o poder da arte de restaurar o equilíbrio entre dor e beleza. Sua presença no Louvre representou não apenas uma conquista pessoal, mas o florescimento de uma trajetória que começou nas paredes da infância e agora alcançou o mundo, reafirmando a arte como um eterno renascer.

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