![]() |
| Vinicius Loures / Câmara dos Deputados |
O novo Plano Nacional de Educação (PNE), em discussão na Câmara dos Deputados, prevê R$ 280 bilhões em investimentos públicos até 2035 para o cumprimento de suas metas. O cálculo do financiamento foi apresentado nesta terça-feira (14) pelo relator do projeto (PL 2614/24), deputado Moses Rodrigues (União-CE), durante reunião da comissão especial que analisa a proposta.
Financiamento e metas
O novo PNE amplia para 19 os objetivos da política educacional nacional. O tema do financiamento foi incluído como o 19º item, prevendo metas específicas para garantir recursos adequados à educação básica e superior.
Entre os principais pontos do plano estão:
-
Atender 100% das famílias que solicitarem vaga em creche para crianças de 0 a 3 anos;
-
Garantir alfabetização plena e aprendizagem adequada em matemática até o 2º ano do ensino fundamental;
-
Ampliar a oferta de educação integral em tempo integral;
-
Assegurar conectividade e integração digital nas escolas;
-
Promover a educação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas;
-
Expandir o acesso ao ensino técnico e superior, com foco na inclusão e redução de desigualdades;
-
Valorizar os profissionais da educação, com formação e condições adequadas de trabalho.
O novo plano substituirá o PNE 2014-2024, cuja vigência foi prorrogada até o fim deste ano.
O projeto prevê um calendário de responsabilidades entre União, estados e municípios, com prazos e metas específicas para cada ente federativo.
Debate e próximos passos
Durante a apresentação, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o principal desafio do país está na educação básica. “Quase um terço da população não concluiu essa etapa. O mínimo é garantir que todos possam terminar o ensino médio”, disse.
Já o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu que o plano seja resultado de um consenso nacional. “O PNE precisa unir o país em torno de um objetivo comum: melhorar a qualidade da educação pública brasileira”, declarou.
O relatório de Moses Rodrigues continuará em discussão na comissão especial. Os deputados terão cinco sessões plenárias para apresentar sugestões de mudança no texto. A expectativa é que o parecer seja votado até o início de novembro e encaminhado ao Senado ainda neste ano.
Desde abril, a comissão realizou 18 audiências públicas, 27 seminários estaduais e 57 reuniões técnicas com entidades e especialistas da área.
Principais eixos do novo PNE (até 2035):
-
Educação infantil e pré-escola;
-
Alfabetização e matemática;
-
Conclusão da educação básica na idade adequada;
-
Educação integral e digital;
-
Educação ambiental e inclusão;
-
Educação profissional e superior;
-
Valorização dos professores;
-
Gestão democrática e controle social;
-
Financiamento e equidade na oferta educacional.



Nenhum comentário:
Postar um comentário