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quinta-feira, 14 de março de 2013

Países em desenvolvimento perdem US$ 8,4 trilhões por causa da corrupção


Alta comissária dos Direitos Humanos afirmou que dinheiro daria para alimentar 80 vezes os famintos no mundo inteiro; Navi Pillay disse que quase 870 milhões de pessoas dormem com fome todas as noites.
Corrupção atinge os mais pobres
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou que os países em desenvolvimento perdem todos os anos US$ 8,44 trilhões, o equivalente a R$ 16,8 trilhões, por causa da corrupção.
Segundo Pillay, esse valor é 10 vezes maior do que toda a ajuda externa recebida por essas nações. Os dados correspondem aos atos registrados entre 2000 e 2009.
A alta comissária disse ainda que o dinheiro desviado anualmente através da corrupção é suficiente para alimentar 80 vezes as pessoas que passam fome no mundo.
Fome
No pronunciamento, feito num Painel de Alto Nível sobre a Corrupção, a representante declarou ainda que cerca de 870 milhões de pessoas dormem diariamente com fome. A maioria é composta por crianças, cujos direitos à alimentação e à vida são negados devido a essa prática.
Pillay identificou o suborno e o roubo como fatores que provocam o aumento dos custos totais de projetos de fornecimento de água potável e saneamento em até 40% a nível global.
Educação
De acordo com a alta comissária, o dinheiro desviado dos cofres públicos poderia ser investido para atender às necessidades de desenvolvimento, tirar as pessoas da pobreza e proporcionar educação às crianças.
Navi Pillay disse que não há dúvidas de que a corrupção é um enorme obstáculo para se concretizar todos os direitos humanos, entre eles, o desenvolvimento humano e os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.
Ela enfatizou que a corrupção atinge primeiro e com maior força as pessoas mais pobres.
Cargos Públicos
Pillay afirmou que a corrupção viola os princípios fundamentais dos direitos humanos de transparência, da prestação de contas, da não discriminação e da participação significativa em todos os aspectos da vida comunitária.
O fenômeno é visto como um problema global e não restrito a países, regiões, sociedades ou tradições. Além de cargos públicos, Pillay apontou a presença da corrupção em áreas incluindo as empresas e até mesmo nos esportes.
Austeridade
Para períodos de austeridade, devido às crises econômica e financeira, Pillay apelou para a gestão transparente e responsável de fundos públicos. Ela também pediu que não haja expectativas de absorção das medidas de austeridade pelos pobres e marginalizados.
Pillay terminou o pronunciamento recomendando que seja dada uma resposta multifacetada à corrupção devido ao impacto sobre o desenvolvimento e os direitos humanos.

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