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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Unesco: Analfabetos no mundo chegam perto de 800 milhões

Segundo dados do Instituto de Estatística da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), a maioria dessas pessoas são meninas e mulheres. 

"Outras 67 milhões de crianças em idade escolar não leem ou escrevem, e 72 milhões de adolescentes em idade escolar também não estão gozando de seu direito à educação", indicou a agência da ONU. 

Em todo o mundo, onze países têm mais de 50% de adultos analfabetos: Benin, Burkina Fasso, Chade, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Haiti, Mali, Níger, Senegal e Serra Leoa. 

Por regiões, o sul e o oeste da Ásia abrigam mais da metade da população analfabeta mundial (51,8%), tanto que na África Subsaariana vivem 21,4% dos adultos analfabetos. 

Na Ásia Oriental e no Pacífico estão 12,8% dos analfabetos; nos países árabes, 7,6%; na América Latina e no Caribe, 4,6%. América do Norte, Europa e Ásia Central somam cerca de 2% dos adultos analfabetos, acrescentou a Unesco. 

A celebração do Dia Internacional da Alfabetização, no dia 8 de setembro, presta atenção especial à relação entre a alfabetização e a paz, segundo a organização. 

A Unesco entregará em Nova Délhi os prêmios internacionais de alfabetização Confúcio e Rei Sejong, que recompensam projetos do Burundi, Estados Unidos, México e da República Democrática do Congo. 

O prêmio Unesco-Rei Sejong será entregue ao Inea (Instituto Nacional para a Educação dos Adultos do México), por seus programas de alfabetização bilíngues. 

Segundo a Unesco, estes programas demonstraram sua eficácia para reduzir os índices de analfabetismo entre as povoações indígenas do México, em particular das mulheres, e para melhorar sua capacidade de exercer seus direitos. 

Em Nova Délhi será realizada, entre os dias 8 e 10 de setembro, a conferência internacional "Alfabetização feminina para um desenvolvimento integrador e sustentável", organizada pelo governo indiano na abertura da "Iniciativa E-9". 

A diretora geral deste órgão da ONU, Irina Bokova, declarou em comunicado que "o mundo precisa urgentemente de um compromisso político mais firme com a alfabetização respaldado pelos recursos adequados para ampliar os programas eficazes". 

"É indispensável que os governos, as organizações internacionais, a sociedade civil e o setor privado façam da alfabetização uma prioridade política, para que todas as pessoas possam desenvolver seu potencial e participar ativamente na formação de sociedades mais sustentáveis, justas e pacíficas", afirmou. 

Participarão da conferência de Nova Délhi a presidente da Índia, Pratibha Devi Singh Patil, assim como os Ministros da Educação da Nigéria, Ruqayyatu Admed Rufai, que também preside o E-9, Paquistão (Pir mazhar-ul-Aq), Nepal (Gangalal Tuladhar), Egito (Ahmed Gamal el Din Moussa), Sri Lanka (Bandula Gunawardhana), Bangladesh (Nurul Isla) e Butão (Lyonpo Thinley Gyamtso), entre outros. 

O E-9 reúne nove países muito povoados que concentram mais de dois terços dos analfabetos adultos e mais da metade das crianças não escolarizados do mundo, e é formado por Bangladesh, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Nigéria e Paquistão. 

Fonte: Operamundi

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