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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ambientalistas apresentam no Fórum Social Temático propostas para cidades mais sustentáveis


Porto Alegre – A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, faz palestra sobre Rio+20, no Fórum Social Temático (FST) 2012. Foto de Valter Campanato/ABr
Porto Alegre – A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, faz palestra sobre Rio+20, no Fórum Social Temático (FST) 2012. Foto de Valter Campanato/ABr

Em meio a discussão por soluções globais de enfrentamento dos problemas ambientais, de olho na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, ambientalistas defenderam ontem (25) durante o Fórum Social Temático 2012 (FST) um olhar local sobre os desafios da sustentabilidade, colocando as cidades no centro da debate.
“Não podemos ver as cidades como um mero amontoado de problemas. São também um espaço facilitador para a resolução desses problemas”, disse a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva. Em sessão concorrida, que lotou o auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Marina estava ao lado de velhos conhecidos da esquerda brasileira, entre eles os teólogos Leonardo Boff e Frei Betto e o ativista e pai do Fórum Social Mundial, Oded Grajew.
O socioambientalista e ex-consultor do Ministério do Meio Ambiente Tasso Azevedo disse que se as cidades concentram problemas, elas também agrupam soluções. “Não é mais tempo de pensar nos grandes objetivos, a gente deve pensar em nível mais local. O que falta hoje é definir em que lugar queremos chegar como coletivo”, disse
Durante o debate, o programa Cidades Sustentáveis, ligado a organizações como o Movimento Nossa São Paulo e o Instituto Ethos, lançou uma plataforma com sugestões em níveis internacional, nacional e local para melhorar a qualidade de vida nas cidades e incluir o centros urbanos na busca de soluções para problemas ambientais globais.
Entre as propostas apresentadas pelo grupo, estão políticas de financiamento para os Poderes locais para investimentos em projetos de sustentabilidade, o fortalecimento da representatividade de autoridades locais nas instâncias multilaterais e a criação de sistemas internacionais de intercâmbio, para que as cidades possam trocar experiências sobre iniciativas sustentáveis.
Medidas locais, como o incentivo do uso de bicicletas como meio de transporte, a ampliação do acesso água potável e o estabelecimentos de metas de gestão também estão entre as propostas que serão apresentadas a governos. Além de serem levadas a governos, as iniciativas farão parte de uma agenda de compromissos que será apresentada a candidatos nas próximas eleições municipais.
A campanha “Eu voto sustentável” sugere que eleitores cobrem dos candidatos a adoção de compromissos para cidades mais sustentáveis. “Desde já precisamos estar alertas ao processo eleitoral. Façam uma pauta de compromissos dos candidatos e perguntem se eles se comprometem com os pontos da pauta. Vamos exigir compromissos por escrito”, disse o teólogo Frei Betto.
Reportagem de Luana Lourenço, da Agência Brasil

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