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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Correio do Povo: Verbas para educação ainda são baixas


O Plano Nacional de Educação, que está em tramitação na Câmara dos Deputados, prevê que as verbas para a educação atinjam 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no prazo de dez anos. Esse é um dos pontos polêmicos, pois entidades do setor fazem mobilização para que esse item seja alterado e o montante investido venha a ser de 10% do PIB. 

De acordo com um trabalho divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), atualmente o percentual de alocação de verbas para a educação está em 5,1%. Em 2009, esse número era de 5%, o que representa um aumento tímido. Entretanto, de acordo com o sociólogo e coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, houve uma redução no ritmo das dotações. Em vez de 0,1% de incremento, o esperado era 0,2%, a média dos últimos cinco anos, o que acabou não se confirmando. 

Alguns ciclos educacionais ainda se encontram muito a descoberto, como é o caso das creches, fundamentais para as famílias de baixa renda. A educação infantil continua estagnada no percentual aplicado desde 2009, com 0,4% do PIB. Essa dotação orçamentária é totalmente insuficiente para realizar a universalização do acesso às creches, prevista por lei para ocorrer até 2016. Em 2017, a educação infantil deverá receber crianças a partir dos 4 anos de idade. Hoje, a obrigação começa aos 6 anos. 

O Brasil caminha para ser a quinta economia do mundo. Contudo, há um descompasso entre crescimento econômico e melhoria da qualidade da mão de obra, bem como do aprendizado de conteúdos. Para aproveitar bem todas as oportunidades que se abrem para o país, é preciso ultrapassar gargalos importantes. O emprego de novas tecnologias disponíveis requer um trabalhador atualizado e somente a educação pode fornecer as ferramentas para isso. Sem investimentos vultosos no setor, esse déficit não será sanado.
Fonte: Correio do Povo 

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