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quinta-feira, 21 de junho de 2012

CPI do Cachoeira marca nove depoimentos

Serão ouvidas seis pessoas ligadas a Perillo (Lúcio Fiúza, Écio Ribeiro, Alexandre Milhomem, Jayme Rincón, Eliane Pinheiro e Luiz Carlos Bordoni) e três relacionadas a Agnelo (Marcello Lopes, Claudio Monteiro e Zunga).


A Comissão Parlamentar de inquérito que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados deverá ouvir o depoimento de nove pessoas na próxima semana. Os três primeiros, marcados para a terça-feira, às 10h15, serão questionados sobre a venda da casa onde o contraventor foi preso em fevereiro deste ano. O imóvel, num condomínio de luxo em Goiânia, pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Serão ouvidos o ex-assessor de Perillo, Lúcio Fiúza ­Gouthier, que teria presenciado o pagamento do imóvel; Écio Ribeiro, um dos sócios ­da empresa Mestra Administração e Participações, em nome da qual a casa foi registrada num cartório em Trindade (GO); e Alexandre Milhomem, arquiteto que trabalhou na reforma da ­residência.

Na quarta-feira, também às 10h15, serão ouvidas outras três pessoas ligadas ao governador de Goiás ou que alegam ter tido relação com ele:

O primeiro, Jayme Eduardo Rincón, é ex-tesoureiro da campanha de Perillo ao governo do estado em 2010, é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) e foi citado em ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal. Da primeira vez que foi convocado, em 30 de maio, Jayme alegou problemas de saúde para não comparecer.

A segunda, Eliane Gonçalves Pinheiro, é ex-chefe de gabinete de Perillo. Segundo a PF, ela avisou Geraldo Messias, prefeito de Águas Lindas (GO), que agentes fariam uma operação de busca na casa dele numa operação de combate a fraudes contra a Receita Federal em Goiás. Logo que as denúncias vieram à tona, ela pediu exoneração. Da primeira vez que foi convocada, Eliane conseguiu habeas corpus para permanecer em silêncio e também alegou problemas de saúde para não comparecer.

Já o radialista Luiz Carlos Bordoni afirmou, em entrevista, ter recebido dinheiro da Alberto & Pantoja Construções para prestar serviço à campanha de Perillo ao governo de Goiás em 2010. Segundo a Polícia Federal, a Alberto & Pantoja é uma empresa de fachada de Cachoeira para lavar dinheiro da empreiteira Delta. A filha do radialista, Bruna Bordoni, já trabalhou no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Distrito Federal

Na próxima quinta-feira, às 10h15, a CPI colhe três depoimentos para buscar esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Será ouvido Claudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do DF, que foi citado em escutas telefônicas como possível facilitador do esquema de Cachoeira no governo do DF. À CPI, Agnelo afirmou não ter conhecimento sobre qualquer proximidade de Monteiro com Cachoeira e defendeu seu ex-subordinado.

Também será convocado o ex-assessor da Casa Militar do DF Marcello de Oliveira Lopes, conhecido como Marcelão. Segundo a Polícia, ele estava envolvido na tentativa de conseguir a nomeação de um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana (SLU) da capital. Segundo Agnelo relatou à CPI, logo depois que se tornaram públicas as denúncias, Marcelão foi afastado.

O terceiro depoente do dia será João Carlos Feitoza, ex-subsecretário de Esportes do DF, também conhecido como Zunga. Ele é suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira e também de ser uma espécie de contato entre o Agnelo e o contraventor.

As reuniões da CPI mista podem ser acompanhadas pela internet, no link www.senado.gov.br/noticias/tv.

Jornal do Senado


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