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sexta-feira, 15 de junho de 2012

CPMI quebra sigilo dos governadores. Não faz o mesmo com o ex-presidente da Delte e deputado diz que existe "Tropa do cheque" na CPI

A CPMI do Cachoeira decretou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Ambos os governadores autorizam a quebra, depois que Agnelo afirmou em seu depoimento à Comissão que disponibilizaria seus sigilos. Perillo rejeitou fazer o mesmo em seu depoimento um dia antes do depoimento do Governador do DF, mas para não ficar atrás na disputa com o PT fez o mesmo.

A quebra dos sigilos se deu  por unanimidade. As informações abrangem um período de dez anos, como as demais quebras aprovadas na comissão. Os dois governadores já haviam anunciado na quarta-feira (13) que estavam dispostos a abrir mão espontaneamente dos sigilos.


A polêmica do dia ficou por parte da não  convocação o ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish, e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot.
Nos dois casos, o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG) considerou não ser o momento mais adequado para a realização dos depoimentos, o que gerou protestos principalmente de alguns dos parlamentares do PSDB, do DEM e do PDT, que ameaçaram deixar a reunião em protesto.
O depoimento de Fernando Cavendish foi rejeitado por 16 votos a 13. Ao justificar a decisão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que está na hora de a CPI se dedicar ao grande volume de documentos e informações já recebidos para evitar a realização de outros “depoimentos infrutíferos”.
– Corremos o risco de sermos desmoralizados de novo. Ou alguém acha que Cavendish chegará aqui disposto a falar tudo o que sabe? – questionou Ciro Nogueira.
Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu não só a convocação de Cavendish, como também a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do empresário:
– Ele afirmou que compra políticos e pode comprar um senador por R$ 6 milhões. É urgente, inadiável e imprescindível a oitiva deste homem. Estamos preparados sim para interrogá-lo, e os depoimentos, no mínimo, jogam luz para a opinião pública – argumentou.
Durante a reunião o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) disse que uma “tropa de cheque” estaria trabalhando na comissão parlamentar de inquérito (CPI) mista que investiga Carlos Cachoeira para evitar a convocação do ex-dono da Delta, Fernando Cavendish.
Miro discursava contra o adiamento da vinda de Cavendish à CPI, proposto pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), e defendia um “caminho do bom senso”, aprovando a convocação sem uma data determinada, quando afirmou:
- Asseguro que não há possibilidade de se construir um discurso contra a convocação de Cavendish. Seria como justificar a adoração ao bezerro de ouro, seria como dar razão aos que já começam a fazer charges falando de uma tropa de cheque para defender o Cavendish. E quem é o Cavendish? É o presidente da empresa que se deixou gravar dizendo que conseguiria obras por trinta milhões, que não estava interessado em comprar esses politiquinhos pequenos, não, porque ele comprava os grandes. Senadores? Seis milhões. Senadores? Seis milhões. Mas com trinta ele consegue qualquer obra – disse o senador.
O deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), que discursou a favor do adiamento de convocação, respondeu ao discurso de Miro e disse não aceitar “acusações genéricas”.
- Se Vossa Excelência acha que há um deputado que é da bancada do cheque, vire para o deputado e diga: é fulano. Eu não sou da bancada do cheque, não sou.
Informações: Agência Senado


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