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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CPI analisa pagamentos de R$ 36 bi a acusados de ligação com Cachoeira


Levantamento feito pelo relator, deputado Odair Cunha, indica que 75 pessoas e empresas acusadas de envolvimento com o contraventor teriam recebido cerca de R$ 36 bilhões nos últimos dez anos
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), deve se basear nos dados financeiros da organização investigada para definir os próximos passos a serem seguidos pela comissão. Levantamento feito por ele mostra que R$ 36 bilhões foram recebidos nos últimos dez anos por 75 pessoas e empresas acusadas de envolvimento no esquema que seria comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos 
Cachoeira.
A pesquisa também identificou que 93% das 553 mil transações feitas em cheque pelos suspeitos não têm dados completos sobre os envolvidos nas operações. Essas movimentações totalizam, segundo a assessoria do deputado, R$ 2 bilhões.
Há também R$ 1 bilhão movimentado em transferências bancárias que não foram identificadas. Nesse caso, os bancos têm os dados dos envolvidos, mas os nomes ainda não chegaram à CPI.
Segundo o relator, um trabalho específico está sendo realizado para que essas informações sejam obtidas, já que o acesso aos dados de sigilo bancário enfrenta problemas.
— Estamos indo aos bancos, vendo se o banco fez o envio e se na conversão dos dados na CPI houve algum problema ou não — explicou Odair.
A CPI retomará os trabalhos na próxima segunda. Em setembro, enquanto as reuniões estiveram suspensas, 
os parlamentares se dedicaram à análise da documentação e à apresentação de requerimentos. No momento, há 503 pedidos para serem apreciados.
Arquivamento
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou na terça-feira inquérito sobre a ligação do deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) com o grupo de Cachoeira. Lewandowski seguiu recomendação do Ministério Público Federal, que não encontrou indícios para continuar a ­investigação.
Stepan admitiu ser amigo de Cachoeira e ter recorrido a ele para obter um empréstimo de R$ 160 mil, valor que já teria sido devolvido. Na decisão, ­Ricardo Lewandowski lembrou que cabe ao Ministério Público, como titular da ação penal, pedir o prosseguimento ou o arquivamento das ­apurações.
Jornal do Senado

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