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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Universidade Federal do Seridó: A demagogia quer ser Federal


Está havendo uma discussão acerca da criação de uma nova Universidade a partir do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES), atualmente um centro vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

A ideia principal é dar autonomia administrativa ao CERES desvinculando-o da UFRN e sendo instituída a Universidade Federal do Seridó, uma ideia boa do ponto de vista do caos administrativo em que se encontra o centro do interior, estrutura aos pedaços, como mostra as fotos a seguir:


teto desabando em Caicó
  


Teto desabado em Currais novos
  

Depois de audiência pública realizada na Câmara Municipal de Caicó em 2012, formou-se uma comissão de favorecidos para buscarem a criação da UFSER. Está existindo um movimento denominado "O Seridó é Federal" fazendo uma divulgação e propaganda acerca da emancipação do CERES. Começam a dizer que o Seridó precisa dessa Universidade como se fosse a redenção da região, não faltam apoio dos "prefeitos" arcaicos das cidades do Seridó, e aqui não nos posicionamos contra criação da UFSER e sim da hipocrisia que começa cercar sua elaboração. E o pior é que essa "comissão" funciona por fora, não inclui nem a comunidade acadêmica do CERES e muito menos as escolas públicas da região.

A pergunta que faço é a seguinte: A hipocrisia social em que vive o Seridó será solucionado com uma reitoria de Universidade em Caicó? E quanto a educação básica dos municípios, praticamente aos farrapos, insuficiente; escolas mal-estruturadas, professores da rede pública, tanto estadual quanto municipal, mal remunerados, magistério relegado ao último dos planos, e o pior de todo a forma de fazer "política na região". Vejam quem são os deputados estaduais que representam o Seridó na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte: Vivaldo Costa, Nélter Queiroz, Ezequiel Ferreira etc, anacronismos ambulantes, deles decorrem os prefeitos e vereadores dos municípios dessa região, a grande maioria incapacitados.

A Universidade sozinha não conseguirá mudar essa realidade que nos remete à fragilidade política do nosso povo, na Universidade ingressam um universo tímido da população e ainda boa parte prejudicada pela inadequação do ensino básico. O sistema educacional frágil demais constitui-se em um funil da exclusão, como aluno da rede pública a vida toda sei que o ensino público, isso no Brasil todo, exclui a cada etapa grandes parcelas do universo de alunos. Antes de apelar para a demagogia e para a hipocrisia precisamos ater-nos para a realidade, se criarem a UFSER tudo bem, nada contra, agora se deixarem a educação como se encontra tudo mal.

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