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domingo, 16 de junho de 2013

O exemplo de Graciliano Ramos diante do "bom viciado"

Em relatórios escritos quando fora Prefeito de Palmeira dos índios(AL), Graciliano Ramos filiado ao PCB, diz que fora preciso travar uma batalha para unificar a Prefeitura, "haviam muitos prefeitos", referindo-se, claro, ao coronéis e aos seus mandonismos.

Graciliano fora um prefeito revolucionário, sabia do tamanho da fragilidade política que criaram no povo, em "Vidas Secas" coloca Fabiano a imaginar que o soldado amarelo não podia ser governo, "Governo era algo distante", e demonstrou a exploração do sertanejo desprovido da terra e tendo de ser servo de quem as tivesse; os relatórios por si só mostram o cuidado para com a impessoalidade da administração; como esquecer do que falara ao pai que teve os porcos apreendidos pela prefeitura: – Prefeito não tem pai. Eu posso pagar sua multa. Mas terei de apreender seus animais toda vez que o senhor os deixar na rua. Por atitudes como essas sabia que não agradava ao "Bom Viciado", Bom viciado é aquela situação de miséria se alimentando com esmolas, em um dos relatórios afirma que se fosse feito um plebiscito não receberia 10 votos.

“Para os cargos de administração municipal escolhem de preferência os imbecis e os gatunos. Eu, que não sou gatuno, que tenho na cabeça uns parafusos de menos, mas não sou imbecil, não dou para o ofício e qualquer dia renuncio”.

Ainda é assim que se "administra" o Brasil, pela troca de favores, sempre que houveram "mudanças políticas no país se deram por transições conservadores, mudando-se apenas a casca e mantendo-se o conteúdo.

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