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domingo, 23 de junho de 2013

Regresso à praça Taksim marcado pela repressão

Milhares de pessoas participaram na concentração deste sábado para uma homenagem, com cravos vermelhos, às quatro vítimas mortais desde o início dos protestos na Turquia. A polícia reprimiu o protesto e Istambul voltou a ficar sob uma nuvem de gás, tal como a capital Ancara. Erdogan diz que há uma conspiração internacional coordenada com os protestos brasileiros e garante que "só Deus tem a força para derrubar o nosso governo".
Momento em que os canhões de água entraram na praça para dispersar os manifestantes. Foto Diren Gezi Parkı/Flickr
Depois do despejo violento do parque Gezi pela polícia, os protestos perderam intensidade nos últimos dias. Mas este sábado, a Plataforma de Solidariedade com Taksim convocou uma concentração de homenagem na praça de Istambul que foi o centro do maior protesto contra o governo de Recep Tayyip Erdogan. Para homenagear as quatro mortes provocadas pela repressão policial das últimas semanas, apelaram aos manifestantes para trazerem cravos vermelhos. 
O protesto decorreu pacificamente e contou com os habituais slogans pela demissão de Erdogan. Mas a polícia voltou a entrar na praça Taksim com o apoio de canhões de água e dispersando a multidão com escudos e bastões. A repressão continuou nos quarteirões próximos da praça, com o lançamento de grandes quantidades de gás lacrimogeneo na zona mais frequentada por turistas na Turquia na noite de sábado.
Em Ancara, o fim de semana também foi de protestos e repressão policial, com barricadas nas ruas, canhões de água e gás lacrimogéneo. No sábado foram detidas 22 pessoas nas manifestações da capital turca.

Erdogan: "Só Deus tem a força para derrubar o nosso governo"
Acossado pelos protestos das últimas semanas, o primeiro-ministro turco preparou a resposta com uma série de comícios com apoiantes. Na cidade de Samsun, fez o paralelo com o que se tem passado nas últimas semanas no Brasil. "Os símbolos, as bandeiras, o Twitter e os media internacionais são os mesmos. Eles fazem tudo para conseguir o que não conseguiram aqui", disse Erdogan aos milhares de militantes do seu partido AKP. 
Falando das "intenções maliciosas" dos organizadores do protesto com o objetivo inicial de salvar o parque Gezi de ser arrasado por mais um centro comercial, Erdogan acusou os jovens manifestantes em toda a Turquia de terem sido "peões de um jogo sujo" por parte de uma conspiração internacional ainda por revelar. Mas deixou a garantia de que "ninguém, a não ser Deus, tem a força para derrubar o nosso governo".

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