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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Espanha: Polícia carrega sobre manifestantes que pedem demissão de Rajoy

Manifestantes fizeram “churrascos destituintes” diante das sedes do PP em 40 cidades. Polícia carregou em Madrid e Valência. Gritou-se: “menos polícia e mais educação”, “não é um governo, é uma máfia”.
Manifestantes atiraram dezenas de rolos de papel higiénico para "limpar" a corrupção na sede do PP
Os protestos contra o governo de Mariano Rajoy ocorreram na noite desta quinta-feira em mais de 40 cidades do Estado espanhol. Os manifestantes organizaram “churrascos de chouriços” em frente às sedes do Partido Popular para protestar contra o financiamento irregular do partido, as mentiras ditas pelo chefe do governo, que foram desmentidas pela divulgação de SMS trocados com o ex-tesoureiro Luis Bárcenas, e contra os pagamentos “por fora” a Mariano Rajoy de complementos ao salário em dinheiro, de forma a fugir aos impostos.
Não há pão para tanto chouriço”
Em Madrid, a polícia carregou contra os mais de dois mil manifestantes em pelo menos duas ocasiões: na praça Cibeles e perto da Gran Vía. Algumas pessoas ficaram feridas. Houve carga policial também em Valência.
Os protestos foram convocados nas redes sociais pelo movimento 15-M, a Maré Branca madrilena, vários coletivos e plataformas e também a Esquerda Unida.
Diante da sede nacional do PP, na rua Génova, os manifestantes, de todas as idades, mostraram a sua indignação: “Os verdadeiros chouriços estão dentro [da sede do PP]”, exclamava o engenheiro Carlos Boi, de 61 anos, citado pelo El País. Os manifestantes atiraram dezenas de rolos de papel higiénico enquanto gritavam palavras de ordem como “ladrões”, “menos polícia e mais educação”, “não é um governo, é uma máfia” e “não há pão para tanto chouriço”, entre outros.
Escândalo cresce desde janeiro
As revelações começaram a ser feitas pela imprensa em janeiro, e dão conta de complementos salariais, em dinheiro, pagos a altos responsáveis do PP, entre os quais o próprio Rajoy. Nos últimos dias, as denúncias de financiamentos ilegais foram confirmadas pelo próprio ex-tesoureiro Luis Bárcenas a um juiz de instrução.
Bárcenas está preso desde 27 de junho passado devido a outro escândalo de corrupção e, ao ver-se, aparentemente, abandonado pelos dirigentes do PP, começou a denunciar os financiamentos ilegais. Na segunda-feira, conformou ao juiz Pablo Ruz a existência de uma contabilidade paralela e disse que entregou dinheiro a Mariano Rajoy, bem como à número dois do partido, Maria Dolores de Cospedal, segundo fontes judiciais presentes na audição.

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