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quarta-feira, 3 de julho de 2013

O tamanho do domínio oligárquico no Rio Grande do Norte

A disputa oligárquica pela posse do poder no aparato do Estado do Rio Grande do Norte se dá em uma sociedade rural-agrícola fundada na economia do latifúndio improdutivo.

O Estado Liberal importado coloca-se diante de uma situação onde um Brasil que seus inventores traziam o elevado pensamento intelectual contrasta-se com o Brasil relatado em Canudos, dominado pela miséria.

Se o pensamento liberal preconizava que a aristocracia encontraria nesse Estado a virtude de sempre governar no interesses de todo o corpo social e mesmo na Europa forma-se o Estado de uma Classe, no Brasil as camadas populares sequer participaram da Independência Nacional ou da República, temos um caso extremado de luta de uma classe para dominar outra como sustentação, expropriando-a da tomada de decisões.

Uma realidade onde a luta pela posse do poder fazia da maioria usada, a sustentação para  o uso unilateral do poder pelas oligarquias.

"José Agripino -Os pobres estão indecisos. É em cima desse povo que você tem que atuar. Com uma feirazinha, com um enxoval, com umas coisinhas".

Iberê Ferreira de Souza (secretário) - O povo mais pobre que não se compromete, troca o voto por qualquer coisa. Botar o milho no bolso, porque sem milho não funciona.

(Conversa entre o então governador José Agripino e um assessor armando compra de votos para sua canditata à prefetura de Natal, Vilma de Faria na década de 1980).

As cores identificando os "lados" nas disputas políticas serviam para fanatizar as eleições, no RN passam a disputar o Vermelho de Dinarte Mariz (hoje conduzida pelos Maias) com o Verde da Oligarquia Alves.

A miséria desta sociedade a torna propícia às  corrupções do "jeitinho" na manipulação eleitoral e na troca de favores e à corrupção dentro da própria estrutura do Estado.

Ainda hoje todas as principais cidades do RN mantêm grupos oligárquicos capazes de diversas alianças apenas para ocupar o poder e todas presas no jogo da troca de favores abarcando todas as esferas do poder, o Prefeito é apoiado pelo Deputado Federal e fica dependendo de suas emendas,  as obras da Administração usa-se em marketing pessoal.

O que se espera é ser desta geração que está indo às ruas, lideradas pelo chamado precariado (estudantes politizados, detentores de empregos precários), e se espera que as camadas mais pobres apoiadoras das políticas do governo federal também tomem as ruas, a tarefa de colocar nas mãos do povo a Política e pôr fim ao anacronismo oligárquico que ainda domina o Rio Grande do Norte.

Abaixo a lista impressionante dos oligarcas que conseguem se eleger nos cargos de Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual, mais de 90% das vagas.

Senadores do RN:
José Agripino Maia - Oligarca
Garibaldi Alves - Oligarca
Paulo Dawin - suplente de oligarca (Garibaldi Alves Filho)

Deputados Federais:
Fábio Faria - Filho de pequena oligarquia parasitária
Felipe Maia - filho de Zé Agripino, oligarquia Maia
João Maia - Apoiado por oligarquias do interior
Betinho Rosado - oligarquia Rosado de Mossoró
Sandra Rosado - oligarquia Rosado de Mossoró
Henrique Eduardo Alves - Oligarca Alves

Deputados Estaduais:
Antônio Jácome - foi vice-governador de Vilma de Faria Rabo de Palha
Ezequiel Ferreira - Curral em Currais Novos
Walter Alves - mais novo oligarca Alves
Ricardo Motta - Parasita em apoios de todos os lados
Gustavo Carvalho - Segue Vilma de Faria 
Tomba - Substitui a oligarquia Bezerra de Santa Cruz 
Nelter Queiroz - senhor feudal em Jucurutu-RN
Getulio Rego - Senhor Feudal de Pau dos Ferros-rn 
Dibson Nasser - família com prestígio em Natal
Larissa Rosado - Rosado com Escócia - duas em uma só
Marcia Maia  - Filha de Vilma de Faria e Lavoisier Maia (governador biônico)
Vivaldo Costa - assistencialismo extremo em Caicó, herdeiro de Dinarte Mariz
Gustavo Fernandes - deu para enrolar
Raimundo Fernandes - Senhor feudal de São Miguel lê com rapidez extrema as atas das sessões
George Soares - filho da oligarquia Soares de Açu
Hermano Morais - seguidor dos Alves
Agnelo Alves - velha guarda da oligarquia Alves
José Dias - segue a oligarquia Alves

Evidente que ser de uma ou outra família não faz de ninguém um condenado, mas o sistema político clientelista e corrupto é que cria esse oportunismo em jogo de cartas marcadas.

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