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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Protestos: Os casos de desaparecidos na Favela e a invasão do Sírio-Libanês

Duas notícias envolvendo protestos populares um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo chamam a atenção para temáticas sociais complicadas no Brasil inventado e neoliberal. Depois do desaparecimento do Pedreiro Amarildo no Rio agora a morte de um jovem está sob suspeitas de ter sido praticada por policiais da UPP, no noite de ontem queimaram-se ônibus e destruíra-se um carro da PM. Em São Paulo um protesto mais do que importante e chamativo, um grupo protestando por um adequado sistema de saúde pública invadiu o Hospital Sírio-Libanês, o escolhido dos oligarcas e privilegiados do país quando necessitam de tratamento médico.

No Rio diz-se que o Estado traz sua presença para as comunidades pobres com as UPP´S e  as UPP´S são da Polícia Militar, uma instituição hierarquizada e militar exercendo governo nunca dá certo; o sumiço de Amarildo e agora desse jovem revelaram a face da UPP que não vinha sendo demonstrada até então na Mídia oficial e nos discursos de governo. A miséria e o tráfico nessas comunidades são fruto de uma realidade social extremamente excludente que o Estado tenta apagar com repressão policial e  consumo, pesquisa do Instituto data Popular em parceria com a Central Única de Favelas (CUFA) demonstram que moradores das favelas brasileiras consomem cerca de R$ 56 bilhões por ano, o que equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) da Bolívia. No Rio de Janeiro, mais de 20% dos habitantes vivem em favelas. São cerca de 1,3 milhão pessoas em 763 comunidades, que movimentam R$ 13 bilhões por ano. Este valor supera o Produto Interno Bruto (PIB) de diversas capitais brasileiras como Florianópolis, Natal e Cuiabá.

“Com a instalação das UPPs nas favelas, o capital pode se instalar nessas regiões com algum nível de segurança jurídica e patrimonial, que antes ele não gozava”, afirma o professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Rodrigo Castelo em entrevista publicada no jornal  Brasil de Fato. 

Em todo o Brasil cria-se a imagem de uma Classe média baseada somente no poder de compra, se as pessoas podem consumir estão no paraíso, essa é a lógica, e qualidade de vida? Serviços públicos?

No caso de São Paulo, a ocupação de um grande e moderno Hospital Privado pode ter uma configuração ideológica importante, hospital superdesenvolvido, com tratamentos de alta qualidade para os ricos e fila e corredores para os pobres, por que não o Sírio-Libanês público?

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