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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Emissões das 500 maiores empresas do planeta continuam a subir

Um relatório alerta que a libertação de gases do efeito de estufa das grandes companhias já chega a 3,6 mil milhões de toneladas métricas. As 50 maiores empresas avaliadas respondem por 2,54 mil milhões de toneladas de GEEs. 

Por Fabiano Ávila do Instituto CarbonoBrasil
As 50 maiores empresas avaliadas respondem por 2,54 mil milhões de toneladas de GEEs. Essas companhias - incluindo gigantes como BP, Shell, Chevron, Arcelor Mittal e RWE - registaram conjuntamente um aumento de 1,65% nas suas emissões nos últimos quatro anos.
Se as 500 maiores companhias do globo fossem um país, as emissões anuais de gases do efeito estufa (GEEs) dessa nação, 3,6 mil milhões de toneladas métricas, seriam mais de sete vezes maiores do que as do Brasil, 488 milhões de toneladas. O mais preocupante é que essas empresas provavelmente emitirão quantidades ainda maiores de GEEs nos próximos anos, uma vez que a economia mundial está em recuperação.
Essa é uma das conclusões de um levantamento das emissões das empresas listadas no FTSE Global 500 Equity Index – índice que reúne as 500 companhias com maior capitalização na Bolsa de Valores de Londres – que foi publicado nesta quinta-feira (12) pelo CDP, ONG britânica que busca estimular o empenhamento climático da iniciativa privada, e pela consultoria PwC.
De acordo com o “Global 500 Climate Change Report 2013”, apenas as 50 maiores empresas avaliadas respondem por 2,54 mil milhões de toneladas de GEEs. Além disso, essas companhias - incluindo gigantes como BP, Shell, Chevron, Arcelor Mittal e RWE - registaram conjuntamente um aumento de 1,65% nas suas emissões nos últimos quatro anos.
Segundo Jonathan Grant, diretor da PwC, a iniciativa privada precisa se esforçar mais para evitar o crescimento das emissões. “Estamos a poucas semanas da publicação do novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que será um dos documentos mais abrangentes já realizados sobre as mudanças climáticas. Apesar de algumas empresas estarem atentas aos riscos e serem transparentes sobre o seu planeamento e reporte sobre mudanças climáticas, as emissões das maiores companhias continuam a subir.”
O relatório aponta que as emissões das cadeias de fornecedores ainda não são contabilizadas de forma completa e que alguns setores são bem mais conscientes do que outros. Por exemplo, enquanto as seguradoras estão muito mais empenhadas e alertadas para o aquecimento global, o setor de energia ainda possui uma enorme quantidade de empresas que não possuem metas para emissões.
“O medo dos impactos futuros das mudanças climáticas está a crescer à medida que presenciamos mais eventos extremos, como o furacão Sandy, que causou 42 mil milhões de dólares em prejuízos. (...) O resultado é que estamos a perceber uma transformação no mundo corporativo, que está a ficar mais alerta para a necessidade de lidar com os riscos das mudanças climáticas e de aumentar a sua resiliência”, explicou Paul Simpson, CEO do CDP.
Rankings
Apesar da preocupação com a falta de metas e de empenhamento das empresas, o relatório traz também com grande destaque os bons exemplos. São apresentados dois rankings para classificar as companhias com melhor desempenho no que diz respeito às ações de adaptação e mitigação climática (CPLI) e as mais transparentes na divulgação de suas informações e impactos (CDLI).
Dezenas das 500 maiores companhias não quiseram participar do levantamento, entre elas Amazon, Kia, Time Warner, Valero Energy, CaterPillar, Facebook, Apple e Prada.
Artigo de Fabiano Ávilado Instituto CarbonoBrasil

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