Acredito que haverá um dia em que o povo brasileiro se libertará da televisão, daquela que "informa" desinformando, daquela que fabrica o consenso como escreve Noan Chomsky.
Difícil explicar o interesse e o entusiasmo pelo programas policiais, com suas chamadas ao vivo, seus apresentadores berrando meia dúzia de hipocrisias, tentando serem um poder judiciário de exceção, tentando ser os pensadores do Direito Penal e o povo tendo nesses seus ídolos "que mostram a realidade" e lutam pela "justiça".
Esse é um ponto chamativo, se criticar o tipo mencionado de programa é por que defende "bandidos", mas não é o poder judiciário ou, para os que não são favoráveis à existência do Direito penal, a intervenção estatal, responsável por isso? Por que a TV? Bom para elas são os lucros, principalmente a grande mídia ,instrumento antidemocrático. Manipular é liberdade de expressão, Lei de Meios argentina nunca discutida em seus artigos diretamente é censura. Há ainda o proveito político, já que boa parte da mídia brasileira é da posse direta de "políticos", como Collor, Agripino ou Sarney e tantos outros que não caberia neste artigo. Muitas vezes os que idolatrizam os "justiceiros" da TV ou do Rádio apoiam sem saber o tráfico de drogas ou o tráfico sexual, já que ele vem de dentro das entranhas do poder.
E de tanto lixo repetido as pessoas começam a se sentirem "inteligentes" no assunto, nada mais, nenhum argumento vale, nada de ler Capitães da Areia de Jorge Amado ou O Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro, tem que ser instituído um Direito Penal assassino.
"Defensores de bandidos" não reparam na dor da mãe que perdera o filho assassinado, ou da jovem estuprada, do idoso espancado. "Bandido bom é bandido morto", nem são "gente". E o assunto vira o do momento, "especialistas" a toda esquina e uma pauta conservadora sendo alimentada.
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