Alistamento obrigatório ou idiotice? - Blog A CRÍTICA

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domingo, 20 de abril de 2014

Alistamento obrigatório ou idiotice?

Encheram a terra de fronteiras, carregaram o céu de bandeiras, mas só há duas nações – a dos vivos e dos mortos. (MIA COUTO)

Todos os cidadãos obrigatoriamente devem se alistar no Exército com o suposto dever de servirem a Pátria. Ter pátria já significa um imaginário, significa viver dentro de uma nação, com um território, uma população identificada, um idioma, e seus símbolos (Bandeiras, hinos etc).

Os reis declaram guerra e os soldados se matam, nos tempos modernos os bombardeios massacram as populações civis, mas como dito, quem declara guerra é o rei (presidente, ditador, monarca), seria mais simples se os belicosos individualmente se enfrentassem num ringue de MMA.

Mas os Estados mantêm exércitos permanentes e prontos para serem mandados para a a guerra, esse fator está diretamente ligado à existência de nações e fronteiras.

Às vezes até Deus serve para motivar a Guerra, como as Cruzadas católicas e os inúmeros conflitos por religião. A guerra é mais comum do que a paz, talvez o homem não tenha tanta pretensão à paz e esta seja uma invenção das sociedades. Quando os Europeus viram os africanos com pele negra já os tornaram inferiores só por uma "diferença" desprezível mas que ganha proporções inimagináveis.

Quando dois exércitos se enfrentam se matam ambos os lados só por um grupo ser de nacionalidade tal (ou outro fator, étnico, racial, religioso) e outro grupo de outra nacionalidade.

Eu mesmo não poderia ir ao exército jamais, eu não tenho nacionalidade, não reconheço argentinos, brasileiros egípcios, franceses, japoneses, australianos etc.

Agora é claro que não no livraremos das nações com simples decreto, elas significam muito ainda para a humanidade, é quase a base de tudo. O desenvolvimento social e humano ainda só é possível através do Estado-nação, de forma que nacionalismo é um perigo próximo da barbárie, mas a tragédia é tamanha que o não-nacionalismo pode ser pretexto para o trucidamento de nações pobres, quero dizer que este problema só seria resolvido com a chegada da utopia do reconhecimento apenas da nação dos vivos na terra.

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