A dívida pública grega, que, em 2013, se fixou em 175%, irá atingir 177,2% do PIB este ano. Esta estimativa consta de um relatório da Comissão Europeia (CE), divulgado esta sexta feira, no qual é defendido que o governo helênico deve aprofundar as reformas estruturais, nomeadamente no setor laboral, e avançar com o programa de privatizações.
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No documento, resultante das avaliações da troika realizadas entre setembro de 2013 e março de 2014, a CE avança que a Grécia se encontra “em geral no caminho correto, estando a cumprir as metas fixadas no quadro da [segunda] intervenção externa”, assinalando, contudo, que persistem “riscos consideráveis” no que concerne à recuperação macroeconômica.
Bruxelas equaciona, inclusive, um agravamento da dívida pública, que irá atingir o novo máximo de 177,2% este ano. A CE também reviu as estimativas de longo prazo. No relatório é referido que a dívida pública deverá fixar-se em 125% em 2020, e não 124% como tinha sido previsto, e 112% em 2022, mais 2% do que as anteriores projeções.
Segundo a Comissão Europeia, o governo helénico deve implementar “novas reformas no mercado de trabalho”, embora reconheça que “a sensibilidade desta questão pode tornar difíceis progressos nesta área”, e deve avançar rapidamente com o programa de privatizações, que tem vindo a ser prejudicado por “obstáculos significativos e ineficiências administrativas”.
No que respeita ao setor financeiro, Bruxelas sublinha que Atenas “continua empenhada em tomar todas as medidas necessárias para assegurar que os bancos estão saneados e adequadamente capitalizados”, admitindo que pode ser necessário reforçar o capital nos bancos.
É expectável que a Grécia comece a negociar uma nova intervenção financeira com a troika no verão.
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