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quinta-feira, 17 de abril de 2014

O RN à deriva

É de se refletir quando alguém menciona um fato terrível da situação do Rio Grande do Norte, e agora, menciona "as eleições estão aí". Que estão, estão, agora o que pode ser retirado delas não sobra praticamente nada de útil. As eleições nesses sistemas de oligarquias liberais, no caso do Rio Grande do Norte ainda tacanhas oligarquias anacrônicas, não carregam em si mudança, só a sociedade e o sujeito são criadores, eleições não; ademais, no nosso caso o clima é direcionado muito mais para um pessimismo, a tendência é que tudo se repita, de tão acostumados a cairmos precipício abaixo parece que nos acostumamos com qualquer utensílio que nos alivia as dores da queda incessante.

Se as oligarquias dos partidos, e dos poderes se repetem, o que deve ocorrer, significa perpetuar o processo de mendicância e de agravamento do caos social. Com que clima passar por um processo eleitoral, como dizem os comentaristas esportivos "só pra cumprir tabela", a mesma encenação, os mesmos programas ridículos, vários nomes e números e como aqui o problema e gravíssimo o mesmo nada.

Aprendemos que o que está ruim não deve fazer com que deixemos de exercitar o "inestimável direito do voto", como não seria ativista contra ele, mas até os que nos dizem isso, só fazem repetir o palavreado, por que sequer sabem pensar no que fazer. Em uma realidade de cultura apenas suspirando, tecido social apodrecido por diversas situações locais e globais; crescimento assombroso da criminalidade, fracasso total dos serviços públicos, educação, além das dificuldades estruturais, mera fantasia, encaixotada, impossibilitada de encarar modificações, Universidade débil, enfim, não temos noção de por onde começar.

O que restam são meros "moralismos", de por a sociedade como fardo, apontar culpados, pregar soluções fáceis sem sentido ou se isolar na "cultura" do conformismo. Foi divulgado, inclusive, esta semana, um vídeo na internet onde o filho de um ex-prefeito de um dos maiores municípios do Rio Grande do Norte, ao som do "Forró eletrônico", rasga uma cédula de 100 reais, isso representa um cenário completo de esvaziamento e de fruição de objetos que simbolizam esse "individualismo".

De forma que não estará logo ali no dia de ir às urnas um projeto renovado de Rio Grande do Norte, isso demandará ações dentro da sociedade, nas escolas, podemos disseminar a complexidade, mudar a formação dos professores, parar de perseguir meros números estatísticos e vender na TV pinturas de colégios, na verdade gaiolas, enfim, dentro do que temos não existe saída.



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