Cai um Avião em Santos, sempre uma notícia que toma conta do espaço nas mídias, em sequência especula-se que poderia ser o Avião com o Candidato à presidência da República Eduardo Campos; em um momento seguinte está morto Campos. Assim configurou-se uma tragédia na campanha eleitoral de 2014.
A tragédia é parte de nossas vidas, tanto que os gregos tinham uma forma de utilizá-la para criar forças. Numa sociedade moderna de "massas" algo desse tipo pode ganhar contornos os mais diversos, no ponto de vista da disputa que se seguirá. Edgar Morin nos mostra como um fato que não era previsível acontece no inesperado e pode fazer história trilhar um caminho que será visto anos depois como uma trajetória.
Em 1930 João Pessoa, presidente da Paraíba (Hoje seria governador), foi assassinado por motivos pessoais por um ex-amigo chamado João Dantas, essa morte foi o fermento para a eclosão do levante de 1930 que impediria a posse de Júlio Prestes e levaria o candidato derrotado da Aliança Liberal, Getúlio Vargas, ao Catete, de onde se seguiria sua Ditadura do Estado Novo. Mas a partir dali se criara uma configuração nova do país, que se urbanizaria, se industrializaria. A morte de Pessoa fora transformada como provocada pelo coronelismo, o pai do dramaturgo Ariano Suassuna, João Suassuna, seria acusado de encomendar o crime e morto por pistoleiro no Rio de Janeiro.
Dessa vez a morte de Campos não pode irromper uma revolução, mas pode fazer uma reviravolta no cenário eleitoral. Entre em cena nossa atitude diante do morto, diria Freud de admiração por quem cumpriu algo tão incrível e misteriosos. Há menos de 2 meses para o pleito, já se especula que com a possibilidade de Marina Silva assumir a titularidade da Chapa e com o conhecimento que passará a ter Campos ligado ao fator morte.
É claro que não pode ser uma profecia, se o for a chance de erro é gigantesca, quase absoluta, pode ser que não mude nada; veremos com a história como um fato trágico ficará na história do Brasil desse ponto de vista eleitoral imediato.
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